Como diz o ditado, prevenir é melhor do que remediar. Todos
nós o conhecemos, mas poucos o colocam em prática. O que acontece, na
realidade, é o outro ditado, depois da casa arrombada é que se coloca tranca. A
tragédia ocorrida em Santa Maria, Rio Grande do Sul, que vitimou 378 pessoas,
com 235 mortos, reabriu o debate em todo o Brasil para a urgente necessidade de
se cumprir normas de segurança, e, principalmente, é fundamental que aconteça
na prática com habitualidade a correta e minuciosa fiscalização pelos órgãos
competentes, para que fatos lamentáveis como este deixem de fazer parte do
nosso cotidiano. Talvez uma inspeção mais severa daqueles órgãos poderia ter preservado
a vida daquelas pessoas, em sua maioria jovens cheios de sonhos, o que não
ocorreu deixando inúmeras famílias órfãs de seus filhos, dor irreparável, que
deveria ter sido evitada. Não precisamos ser peritos para verificar que as
condições da casa de shows não era apropriada para receber aglomerações; não
havia segurança para as pessoas, principalmente saídas para evacuação em casos
de incêndio. Já está incorporada ao nosso dia a dia a tragédia anunciada, hoje
com o enorme acesso às informações, a prevenção é que deve ser incorporada ao
nosso cotidiano. Muito tem se falado sobre a necessidade de se editar leis para
regulamentar as condições de funcionamento dos diversos estabelecimentos que
recebem o público, tais como estádios, boates, clubes, etc. Já existem inúmeras
leis e normas que tratam das condições de segurança, o que falta, na prática, é
o fiel cumprimento da legislação. Precisamos aprimorar nossos órgãos
responsáveis para que realizem a devida fiscalização. É necessário que sejam
realizadas vistorias frequentes, cobranças severas, punições exemplares, que se
não restituem a vida das pessoas, mas pelo menos ficam como exemplo para que
outros não reincidam nessas práticas nefastas. Não podemos ficar de braços
cruzados à espera de outra catástrofe. Todos podem e devem denunciar a
existência de locais inapropriados e que não cumprem normas básicas de
segurança. Precisamos contribuir de alguma forma para que não venhamos
novamente a lamentar e chorar por nossos filhos.
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