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Câmara Itabuna

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30 de janeiro de 2013

400 MIL PARA BEL; 30 MIL PARA VANE E O POVO QUE SE DANE

Parece não ter sido tão legal a repercussão da bufunfa de 400 mil reais paga à Banda Chiclete com Banana por uma apresentação em Porto Seguro. Não que ela não faça jus até a mais. Merece uma homenagem quem tem forças para cantar. Longe de mim a pretensão de pautar honorários de quem quer que seja. Sobretudo, quando se sabe que há quem desembolse duzentos mil reais (ou mais!) para ouvir o ex-presidente Lula cometer conferências, talvez detalhar como fazia, nos velhos tempos de sindicalista, para papar tantas viuvinhas, preencher-lhes o vazio da solidão. Ensinamentos, enfim, que devem ter alguma importância. O deprimente em relação à arrebatadora banda baiana do vocalista Bel Marques, é que os 400 mil reais foram extraídos dos cofres públicos de uma cidade com graves problemas de saneamento básico, educação, saúde, desemprego e fome do seu povo. Além disso, há quem considere muito espalhafate para apenas uma festa. Há quem sabe como eu, fosse mais adequado convidar médicos para conferências, adquirir equipamentos, ou alguns mutirões cirúrgicos... O fato é que, apesar das Cláudias da vida e do que ela foi alvo em escândalo nacional, do Chiclete, do Lula e seus asseclas, a saúde no País está uma desgraça. O desmantelo é nacional. Quando um neurocirurgião, em Itabuna, Porto Seguro, ou qualquer cidade brasileira, falta aos plantões, nenhuma providência é tomada para substituí-lo. A razão é muito simples: não se encontra ninguém para dar plantões. Em Itabuna e Porto Seguro, cujas demandas reprimidas para exames e cirurgias extrapolam as mais pessimistas previsões, há reclamações e insatisfações inúmeras quanto a pagar 400 mil reais para uma banda realizar uma festa e a prefeitura pagar 30 mil reais por mês para o salário do prefeito. Tem muitos políticos e governantes que consideram isso justo e legal. E setores como Saúde subsistem à míngua. Enquanto dura a estéril retórica, os usuários – uma legião de desgraçados – continuam ao léu, fazendo de conta que têm vontade própria para dirigir suas vidas da forma que lhes aprouver. 

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