Um dos alvos da OPERAÇÃO PORTO
SEGURO DA POLÍCIA FEDERAL, o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo
Rodrigues Vieira teve padrinhos poderosos para chegar ao cargo: o então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua secretária particular em São Paulo,
Rosemary Noronha, e o ex-ministro José Dirceu. Mas a aprovação da indicação
para a ANA provocou muita polêmica no Senado. O nome de Vieira foi rejeitado em
duas votações em 2009, mas o Palácio do Planalto não aceitou a decisão.
Pressionado pelo presidente, o então líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR),
pediu e o senador Magno Malta (PR-ES) recorreu à Comissão de Constituição e
Justiça para que as votações em que a indicação fora rejeitada fossem anuladas.
No ano seguinte, mesmo com parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
contrário à anulação da votação, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP),
colocou a indicação novamente em apreciação e, desta vez, Vieira teve o nome
aprovado para dirigir a agência como queriam seus padrinhos. Em votação
secreta, o nome de Vieira foi aprovado com o voto de 28 senadores da base, 15
contra da oposição, e uma abstenção. A aprovação de uma indicação que já havia
sido rejeitada duas vezes causou revolta entre os líderes da oposição, que
entraram com um pedido de cancelamento da votação à Mesa. Mas o recurso não
prosperou. Vieira foi nomeado por Lula em maio de 2010 para o cargo com um
mandato de quatro anos. Informações do jornal O Globo.
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