Amigas e amigos do blog, o
secretário do Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da
Petrobras e candidato à sucessão do governador petista Jaques Wagner, publicou
no Facebook um texto com claras ameaças de retaliação financeira — para dizer o
menos — contra o futuro prefeito de Salvador, ACM Neto, do oposicionista DEM. Em
alguns países civilizados, o texto de Gabrielli daria processo e, talvez,
cadeia. Aqui, é claro, fica tudo por isso mesmo. Leiam vocês mesmos e julgem o
texto, cujo título vai em negrito, abaixo: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O DIA SEGUINTE A VITÓRIA DE
ACM NETO EM SALVADOR - Os eleitores de Salvador elegeram ACM
Neto prefeito. Até aí uma vitória da democracia, pela escolha livre os
dirigentes municipais. E agora? A Prefeitura Municipal de Salvador tem um
orçamento de pouco mais de 4 bilhões e não tem capacidade de financiamento por
falta de condições financeiras. Uma Prefeitura que precisa de obras
estruturantes no que se refere a mobilidade urbana, a recuperação da Orla
Atlântica e Orla do interior da Baia de Todos os Santos, no Centro Antigo da
Cidade, nos bairros mais populosos com a necessidade de expansão de rede de
assistência básica a saúde e ampliação da rede municipal de educação. Uma
Prefeitura que precisa ampliar o ordenamento urbano com obras de desafogo dos
gargalos do trânsito. Uma cidade que precisa tratar bem as suas diversas
populações e incluir milhares de pessoas nos serviços básicos da cidade. Uma
Prefeitura que precisa dos governos do Estado e da União para realizar parte
dessas obras. Mas os eleitores de Salvador escolheram ACM Neto com os partidos
DEM, PSDB, PMDB, PPS e PV, partidos que são ferozes opositores ao governo no
plano estadual e federal ou em ambos. Para implementar os projetos necessários
para enfrentar as necessidades de Salvador há de haver uma ação harmônica e
equilibrada entre a Prefeitura e os governos do Estado e federal. Como fazer a
integração da Linha 1 do Metro com a Linha Dois que vai até Lauro de Freitas,
sem o acordo entre os dois governos? Como fazer os viadutos e passarelas para
melhorar o trânsito da cidade sem a cooperação entre as duas esferas de
governo? Como articular as concessões das novas linhas de ônibus com a
alimentação das estações de alimentação do Metro sem que haja um trabalho
conjunto entre a PMS e o Governo Estadual? Como fazer as grandes intervenções
programadas no Centro Antigo de Salvador sem a equilibrada cooperação da PMS e
governo do Estado? A questão não é de perseguição ou comportamento não
republicano de retaliação ao opositor que ganhou as eleições em um determinado
município. A questão é a realidade difícil de diálogo entre um conjunto de
partidos que deliberadamente são de oposição ao governo do Estado, e buscam se
legitimar no combate a esse governo, com a necessidade desse governo municipal
de aceitar a liderança e condução desses projetos pelo governo estadual, que é
o único que tem capacidades financeira e gerencial de gerir as ações desses
programas. Some-se a isso a reação dos movimentos sociais que vão exigir da
Prefeitura Municipal de Salvador a aceleração dos benefícios prometidos em
campanha e a diversificação das atuações do governo municipal, ameaçando ainda
mais a combalida posição financeira do município. Por cima disso, a nova Câmara
de Vereadores pode ser mais um campo de batalha entre o Executivo de Salvador e
seu legislativo, com vários temas conflitantes na agenda legislativa. Frente a
esse quadro, os partidos que apoiaram Pelegrino [Nelson Pellegrino, candidato derrotado do PT
a prefeito] não dispõem de muita alternativa: só resta a oposição
ao novo governo. Não uma oposição por oposição, mas uma ação que busque ampliar
as pressões referentes aos interesses de importantes segmentos da sociedade
soteropolitana que não estarão representados na coalizão vencedora, que exija
um reconhecimento do papel do governo do Estado na execução e liderança desses
importantes projetos para a cidade e uma plataforma de reverberação para as
demandas do movimento social que tenderão a estar limitadas pelo ideário dos
partidos que ganharam a eleição. Nesse movimento de conflito e tensão, o
governo estadual é o único que tem as condições de implementar vários dos
programas previstos. O novo prefeito precisa levar em conta essa realidade de
que o Estado é o principal condutor de muitas da soluções dos problemas para o
povo da cidade. Não é do feitio da coligação vencedora com tradição oligárquica
e autoritária admitir que tem que reconhecer a importância e tamanho dos seus
adversários. Espero que o povo de Salvador não sofra por sua escolha!
O que uma sociedade espera do
ResponderExcluirO Sr.Ladrão? Sr.Sérgio Gabrielle!Que perdoem-me,por ofender os
bandidos,salteador de estrada,e dos morros do Rio de Janeiro. Assim é este meliante que robou mais de 2 bilhões da petrobras e o mesmo é irmão siamês de José Dirceu e José Jenuino,tendo como chefe dos bandidos o Lula da Silva.Quando a polícia aperta o cerco nos morros cariocas,os traficantes fazem chantagem queimando ônibus e ameaçando a sociedade. Portanto,este meguetrefe o que a sociedade poderia esperar a não ser chantegem,joga a polícia em cima deste bandido.
José raimundo Oliveira Guimães