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27 de novembro de 2012

AS ELEIÇÕES DE 2014, JÁ COMEÇARAM EM 2012




A voz das urnas municipais jogou um grande papel, mas é muito apressado traçar-se uma linha reta, inflexível, entre o balanço resultante de 2012 e o que deverão ser as alianças para 2014. O ato de tecer alianças é tão mais delicado e complexo que as suposições dos especialistas de plantão. Não será simples a costura das alianças para as majoritárias estaduais em 2014. Muitos dos caciques, cujos cocares foram acrescidos de novas penas extraídas das urnas municipais, estarão com suas defesas em aberto, enfrentando duríssimas batalhas para suas próprias sucessões ou de seus principais aliados. E duplas serão as preocupações majoritárias, posto estarem em jogo duas vagas: governo e senado; e a primeira questão que se alevanta nesse tabuleiro é a escolha para o posto de vice-governador (mais das vezes, um complicador e não um facilitador nas equações da política de alianças). Antes de considerar-se que tal partido fortaleceu-se para a presidencial, daqui a dois anos, pela conquista das duas maiores cidades da Bahia, ou que outra sigla estaria na pole position por ter sido aquela que mais cresceu proporcionalmente, ou a sigla saída maior em números absolutos... repetimos: faz-se necessário um estudo mais detalhado sobre como as urnas municipais podem vir a influenciar os embates que já definiram o ajuntamento do PMDB, com DEM, PPS e PSDB, em contraponto aos apoios que serão conseguidos pelo PT, com PR, PP, PSB e PC do B. Em torno dos candidatos da oposição (Geddel Vieira Lima) e da situação (possivelmente, Sergio Gabrielli), gravitarão siglas não mais importantes. Em verdade, os resultados municipais 2012 apontam para cenários muito mais ricos, diversificados e, mais imponderáveis ainda, para as eleições 2014.

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