A voz das urnas municipais jogou um grande papel, mas é muito
apressado traçar-se uma linha reta, inflexível, entre o balanço resultante de
2012 e o que deverão ser as alianças para 2014. O ato de tecer alianças é tão
mais delicado e complexo que as suposições dos especialistas de plantão. Não
será simples a costura das alianças para as majoritárias estaduais em 2014.
Muitos dos caciques, cujos cocares foram acrescidos de novas penas extraídas
das urnas municipais, estarão com suas defesas em aberto, enfrentando
duríssimas batalhas para suas próprias sucessões ou de seus principais aliados.
E duplas serão as preocupações majoritárias, posto estarem em jogo duas vagas:
governo e senado; e a primeira questão que se alevanta nesse tabuleiro é a
escolha para o posto de vice-governador (mais das vezes, um complicador e não
um facilitador nas equações da política de alianças). Antes de considerar-se
que tal partido fortaleceu-se para a presidencial, daqui a dois anos, pela
conquista das duas maiores cidades da Bahia, ou que outra sigla estaria na pole
position por ter sido aquela que mais cresceu proporcionalmente, ou a sigla
saída maior em números absolutos... repetimos: faz-se necessário um estudo mais
detalhado sobre como as urnas municipais podem vir a influenciar os embates que
já definiram o ajuntamento do PMDB, com DEM, PPS e PSDB, em contraponto aos
apoios que serão conseguidos pelo PT, com PR, PP, PSB e PC do B. Em torno dos
candidatos da oposição (Geddel Vieira Lima) e da situação (possivelmente,
Sergio Gabrielli), gravitarão siglas não mais importantes. Em verdade, os
resultados municipais 2012 apontam para cenários muito mais ricos,
diversificados e, mais imponderáveis ainda, para as eleições 2014.
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