Prefeitura Itabuna

Câmara

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21 de agosto de 2012

DE QUE MORREU MESMO A ESPOSA DO PRESIDENTE DA BAHIAGÁS?

Quando há o noticiário de falecimento de alguém, a informações revela a causa da morte. Este é um princípio básico no histórico de um cadáver. A morte sempre tem uma causa. Ninguém morre sem que não haja autopsia e investigação policial, que revelem quem, como, onde, quando e porque morreu a pessoa. São indagações inevitáveis e cujas algumas respostas ainda inexistem no lamentável episódio de falecimento da médica pediátrica, Conceição Benigno, esposa do presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães. Não foi declarado ainda, como e porque morreu Conceição Benigno. A notícia midiática informou apenas que ela morreu num hospital. E só. Nada mais. Mas não esclareceu nada para contrapor boatos de que ela havia se suicidado. Ela ocupava um importante cargo na Secretaria de Saúde do Estado. Era também política. Como vice, integrou a chapa de Geraldo Simões, em Itabuna, na eleição de 2004. A médica morrer não é a mesma coisa de ter se suicidado. As causas de morte natural são inquestionáveis e não há muito o que pesquisar sobre suas procedência. Entretanto, o suicídio requer que se observe todos os seus aspectos e pormenores antecedentes, para que outras pessoas não tenham desfecho semelhante. Acredito que as pessoas que se suicidaram precisavam apenas de mais atenção, aconchego, compreensão, auto-estima, acompanhamento psicológico, religioso e espiritual, entretenimento... e tudo isso junto. PORQUE CONCEIÇÃO BENIGNO SE SUICIDARIA? - O que leva uma pessoa a querer uma fuga tão radical da realidade? Será covardia? Será o medo do que poderá estar esperando na próxima esquina da vida? Será a consciência de que o tempo aqui realmente já findou? Prá variar, não temos respostas. A religião nos diz que é uma falta de consciência religiosa e uma falta de fé em Deus. A Psicologia vem com uma explicação que sequer conseguimos entender a própria explicação, quanto mais o motivo. E sempre tem aqueles que tem sempre a resposta na ponta da língua: "Apenas um ato de covardia!”. Mas será? Será que realmente podemos acreditar em algumas dessas explicações? O que passará pela mente segundos antes de um ato suicida? Uma profusão de pensamentos? Um vazio agonizante? Alguma desesperadora dúvida? Um angustiante pedido silencioso que alguém demova daquela idéia? Mas, será que ainda há idéias? Ou simplesmente um ato impensado? Não sabemos. Em algum lugar, neste momento, alguém está justamente passando por estas dúvidas... Vale a pena ou não continuar? Será que esta dose é suficiente? Será que esta altura é suficiente? A que velocidade deverá estar o carro antes de desviá-lo contra uma árvore? Agora? Mais rápido? Atirar na boca ou entre os olhos? Entre os olhos... um túnel... escuro... eu sei o que tem no fim do túnel encostado à minha testa... lentamente, puxo o gatilho... ou não... Em alguma banheira, uma mão trêmula segura uma lâmina contra o pulso... provavelmente sentirei um pouco de dor, mas vai ser silencioso... ninguém saberá... o contato da lâmina é frio... está ardendo um pouco... o primeiro arranhão... mais fundo... uma lágrima vermelha corre do pulso... um pouco mais fundo... ou devo parar...Sentado à frente de alguma mesa, tentando se decidir se o conteúdo do fatídico cálice é ou não suficiente... devo colocar um pouco mais?... será amargo?... que dúvida idiota... que importa o gosto?... acho que isto basta... o cálice treme na mão, e uma gota cai sobre a mão... o contato com os lábios... como se fosse um último e estranho beijo... um beijo úmido, um gosto levemente adocicado, arde a garganta, mais um gole... Venta forte lá fora. Dentro, estou indeciso se esta corda é ou não forte o bastante. Acho que é. Lentamente, o contato áspero da corda em volta do pescoço... um último olhar... para o nada... para o vazio... talvez a corda arrebente... o pulo... artérias comprimidas... um estalo... o sangue já não circula tão fácil... outro estalo, desta vez não foi tão forte... uma vértebra se parte... veias e artérias ainda mais comprimidas... mais um estalo... Lentamente, puxo o gatilho... uma lágrima... Um pouco mais fundo... uma lágrima... Mais um gole... uma lágrima... Mais um estalo... uma lágrima... Silêncio...

2 comentários:

  1. Judith Barbosa de Novais21 agosto, 2012

    Parabenizo vc pelo texto e pela coragem de abordar um tema tão intrigante!

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  2. EU SEMPRE DESCONFIEI QUE HAVIA ALGO DE MUITO ESTRANHO NESSA HISTÓRIA.
    REALMENTE EU ACHO QUE FOI SUICÍDIO.
    MIRANDA DE FREITAS

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