A PIABINHA E A BAIACU (OU ACÁCIA E JUJU)

Hoje vou narrar uma estória, parecida com aquela que contava sobre uma corrida ocorrida entre o Coelho e a Tartaruga. Todos nós sabemos que todas as apostas e expectativas, eram favoráveis a vitória esmagadora e fácil do Coelho. A tartaruga não teria nenhuma chance de vencer. Quero agora contar uma estória parecida com esta conhecida corrida da tartaruga contra o coelho. Nessa minha parábola também há uma corrida em que uma baiacu megera e feiosa, disputa uma corrida com uma piabinha. E quem ousaria apostar num peixinho frágil e pequenino, contra uma Baiacu megera, arrogante e feiosa? Pois bem, a corrida tem início e é claro que a baiacu logo toma a dianteira. Mas a corrida tem um percurso muito longo. E isto faz a baiacu correr com deboche da concorrência e até acreditar que a vitória seria tão simplificada, que daria até pra dar uma relaxadinha. E a baiacu então resolveu fazer uma esticadinha até o shopping e melhorar sua aparência, pois a festa da vitória teria que ter boas fotos suas, para as manchetes nos jornais. A baiacu foi até o salão de beleza e deu uma arrumadinha nos cabelos e aproveitou para fazer uma maquilagem, pois precisava esconder um pouco as rugas e verrugas existentes no rosto. Enquanto isso a pinhabinha permaneceu correndo, correndo e correndo com muita seriedade e honestidade. A piabinha sabia que suas chances eram reduzidas, mas ela jamais se entregaria fácil e lutaria até seus últimos esforças e se empenharia com todas as suas forças, para se transformar na piabinha que virou uma zebra numa corrida do bem contra a fortaleza do mal e da hipocrisia. E a baiacu permanecia curtindo sua superioridade. Depois de ter saído do salão de beleza, a baiacu megera e feiosa aproveitou para fazer uma visitinha as boutiques do shopping, pois precisaria estar bem vestida e calçada para a festa da vitória. Mesmo assim a baiacu megera e feiosa não conseguia ser simpática e se inchava toda quando era vaiada e isto estava sempre acontecendo. E a piabinha sempre humilde e sorridente, continuava sua corrida determinada, aguerrida e incansável. Este fato foi fazendo a piabinha ganhar simpatia e a torcida logo a adotou e por onde a piabinha passava os aplausos e apoios eram cada vez mais crescentes. Muitos passaram a torcer para a piabinha. Somente a horda do mal, os pelegos e inocentes úteis permaneciam do lado da baiacu megera e feiosa. A corrida já estava chegando ao seu final. A baiacu megera e feiosa cometeu o trágico descuido de entrar numa sorveteria e passou a se lambuzar e se empanzinar de tanto comer chocolate e outras guloseimas que a fizeram mais gorda, mais rechonchuda, mais encorpada... a ponto de parecer um bujão. E como ela estava vestida de cor prata, mais ainda ela ficou parecendo-se com um bujão! Para a infelicidade da baiacu megera e feiosa, assim que ela saiu do shopping, se deparou com um caminhão da butano, que a levou pensando se tratar de um bujão de gás! E a baiacu até hoje grita numa carroceria da butano, que ela não é um bujão! E a piabinha com muita seriedade e honestidade, acabou ganhando a corrida e todos foram felizes para sempre. Qualquer semelhança com circunstancias ou personalidades do seu conhecimento, terá sido mera coincidência!