JOVENS PERDIDOS, DESENCONTRADOS E MORTOS

São preocupantes os números que revelam a dramática realidade dos crimes registrados em Itabuna, que são praticados, em sua esmagadora maioria, por jovens na idade de 18 a 29 anos. E seriam mais preocupantes ainda se fossem contabilizados os crimes praticados por jovens abaixo dessa faixa etária. São preocupantes, graves mesmo, por uma razão muito simples, óbvia: é o futuro deles, em primeiro lugar, que está em jogo, em muitos casos, irremediavelmente, comprometido. Mas também o futuro da sociedade com sua juventude perdida no rastro dos crimes e muitos atrás das grades das penitenciárias. Não é preciso ser um renomado cientista social para apontar que as causas do problema têm suas raízes no social. Ou seja, na falta de educação, na desestruturação da família, na falta de oportunidades de trabalho, que levam ao tráfico de drogas, ao roubo e outras contravenções. Como também não é preciso ser especialista para apontar as soluções: mais investimentos na educação, na geração de empregos e renda, na produção. Sem isso, tudo se torna mais difícil ainda