A AULA POLÍTICA DO PPS DE ITABUNA

É habitual os partidos políticos em Itabuna, tomarem suas decisões através de determinações de dois a três dos seus dirigentes. E há aqueles como o PT, PTB, PRTB e PR que são comandados por apenas uma pessoa. Geraldo Simões manda e desmanda no PT; Ruy Porquinho é dono do PTB, embora não seja seu presidente; Milton Gramacho é quem dá as cartas no PRTB e Roberto de Souza é a única voz ouvida no PR. Nestes partidos, o resto da diretoria, militância e filiados são apenas resto. E resto é igual a mula de cabresto: segue, cegamente, o caminho que o dono exige. E quem quiser que ouse contrariar e não obedecer a regra do adágio que diz: “manda quem pode e obedece quem tem juízo”! Ninguém é louco no PT de desgostar Geraldo. Miralva tentou e deu com os burros nágua. Badega se subjugou e Vane do Renascer optou por sua “carta de alforria” e hoje é prefeiturável pelo PRB, com apoio do PC do B, PSC e PPS, que cansaram de serem submetidos aos caprichos de um político ficha suja como o petista Geraldo Simões. No PTB há um presidente, o Moacyr Smith Lima, que é como alguém surdo, mudo e cego para contestar o que requer Ruy Porquinho, que acaba sendo quem dita as ordens no partido. O PTB vai para onde Ruy mandar. Já no PRTB há uma diretoria integrada, quase inteiramente por parentes e aderentes do Milton Gramacho e nesse caso nem tem mais palavras para descrever o quanto ele é “capitão do barco”, que atua em todas as eleições para eleger e reeleger apena um vereador: o próprio. Os demais são algo parecido com “bois e vacas de piranhas”, ou bonecos de ventríloquos! Já no PR o poder do Roberto de Souza é tão grande, que a Rose Castro para ser aceita como candidata e eleita vereadora, teve que recorrer à Justiça Eleitoral em 2008. Rose não quis repetir este filme agora. O erro dela foi dar demonstração de que poderia ser mais votada que o Roberto. E foi. Mas há partidos sem donos em Itabuna. O PMDB é um deles. Mas foi o PPS o partido que melhor atuou como determina a cartilha do bom senso, coerência e inteligência, na escolha de suas prováveis coligações. Todos os dirigentes e postulantes à proporcional pepeessistas ouviram todos os prefeituráveis. E assim puderam debater internamente sobre os rumos a seguir. Todas as alternativas foram exaustivamente analisadas, discutidas e todos os membros do PPS tiveram oportunidade de expressar suas opiniões e exporem suas preferências. Todas eram possíveis: de Azevedo a Juçara. O PPS sempre teve livre acesso a todas as tendências eleitorais, políticas e ideológicas de Itabuna. O PPS de Itabuna é como o time do América no Rio de Janeiro: agrada a vascaínos e flamenguistas, que se digladiam entre si. E sempre foi assim. Entretanto, nesta eleições de 2012, o PPS excedeu a exploração de todas as circunstâncias. Rejeitou a vice de Juçara. Não aceitou secretária na atual administração de Azevedo. Recusou compor a majoritária com Roberto Minasaço. E nem uma feminalização eleitoral de composição com Acácia Pinho obteve aceitação do time de Mariana Alcântara. O PPS acabou decidindo por sua melhor alternativa para eleger vereadores. E nenhum outro partido, ou coligação, conseguiu convencer melhor esta opção que a Frente Partidária. A escolha do PPS não priorizou a chapa majoritária. Caso contrário, Mariana seria vice de Juçara, Azevedo, Roberto, Acácia e do próprio Vane do Renascer. O partido optou por viabilizar a competitividade eleitoral dos seus candidatos a vereador. Deverá ser o partido com mais quantidade de representantes na futura composição do Poder Legislativo. Desfecho digno de merecer nossos aplausos.