WAGNER FOI PÁSSARO OU PILOTO INTERGALÁTICO EM OUTRA ENCARNAÇÃO, GARANTE ESPÍRITA

Reportagem publicada na edição de hoje de O Globo revela que o governador Jaques Wagner é um campeão. De viagens ao exterior. Entre 15 governadores pesquisados pelo jornal, ele é o que

mais viajou ao exterior em menos de um ano e meio de mandato. O levantamento não levou em conta as viagens de Wagner para fora do país no mandato anterior. Tampouco seus vôos de helicóptero pela cidade e o interior – dizem as más línguas que o governador só faz deslocamentos terrestres quando vai a shows no Teatro Castro Alves, como a apresentação recente do cantor Chico Buarque. Caso esses dados tivessem sido computados, não seria difícil vaticinar que, se não fosse governador, Wagner poderia muito bem ter se tornado um piloto internacional. Ou co-piloto. Com aqueles olhos azuis, vestido com um quepe e um ray-ban, ficaria ainda mais irresistível para a classe política do que já é quando está de terno claro despachando na Governadoria. A pesquisa de O Globo é eloquente: desde janeiro de 2011, início de sua segunda gestão, o governador da Bahia passou 78 dias no exterior em 14 missões oficiais. É quase uma viagem por mês, segundo cálculos da publicação. São números incompatíveis com a agenda de um mortal ou político comum. Em outras palavras: Wagner só consegue tal proeza porque o cargo, curiosamente, lhe permite, o que, contraditoriamente, torna muito difícil asseverar que suas missões pela Europa, Ásia ou Estados Unidos são para desfrute exclusivamente político-profissional. A bem da verdade, segundo a reportagem, com as incursões internacionais, Wagner já conseguiu assegurar a realização de um campeonato de Judô internacional na Bahia, previsto para este ano. Ah, mas que luta! Wagner também voltou a Paris para divulgar o potencial do cacau baiano na 16ª Edição do Salon du Chocolate e foi à China para reuniões com a JAC Motors, que está se instalando no Estado. O leitor faz aí um cálculo do custo-benefício dos empreendimentos externos do governador? Porque, para o governo – quem duvida? – é claro que eles só trazem benefícios para o Estado que banca o tour global de Wagner. Como tem sido cada vez mais difícil buscar explicações aqui na terra – que o diga o próprio Wagner – para o que se passa no Estado e na cabeça do governador, este Política Livre tomou uma liberdade. Resolveu consultar um centro espírita em busca de respostas para a intensa programação internacional do primeiro mandatário. A equipe do site ficou impressionada com o que ouviu dos anjos que baixaram no terreiro. O mais assertivo deles assegurou que, em vidas passadas, Wagner ou foi um pássaro – infelizmente disse que uma dor de cabeça não lhe permitia revelar a espécie, a cor nem o tamanho do penoso – ou mesmo um comandante de aeronave desses que não param em solo. Ante a questão levantada por um dos repórteres do site quanto à impossibilidade de, pela idade, Wagner poder ter sido um piloto em vida anterior, o médium complementou:

- (Na outra encarnação) Ele (Wagner) não foi piloto de avião, não. - Mas foi de quê?, retrucou um dos repórteres da equipe, impacientando-se. - Mizifio, foi de…. foi de… foi de Disco Voador! Pois é… será que a obra mais notória de Wagner antes de se tornar governador, em vida passada, foi ter feito transporte intergalático? (Raul Monteiro, por Risomar Lima).