A cada vez mais frequente a inserção de menores de idade em atos criminosos. Sejam na modalidade de assalto, furto, tráfico, agressão ou assassinato, a participação de crianças e adolescentes tem ganhado destaque nas páginas policiais. Em apenas 48 horas, dois casos envolvendo menores de idade foram parar na delegacia. No primeiro, uma estudante de 12 anos foi esfaqueada na porta da escola por uma colega de 14. No dia seguinte, outra menor foi espancada por um grupo de 15 adolescentes, em frente a uma escola do município de Eunápolis. Em ambos os casos, os motivos foram considerados fúteis e os autores serão responsabilizados. De acordo com dados da Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), dos adolescentes apreendidos na unidade, a maioria responde sob acusação de lesão corporal. Ano passado, 3.188 adolescentes foram apreendidos em ocorrências diversas. Nos primeiros dois meses deste ano, 358 casos de violência com autoria de menores foram contabilizados. Destes, 55 são acusados de lesões corporais, 53 de ameaças e 30 de tráfico de drogas. Segundo a delegada titular da DAI, Claudenice Mayo, o aumento da presença de adolescentes em atos ilícitos é reflexo do crescimento da criminalidade, em modo geral. “Quando traçamos um perfil destes menores infratores podemos observar que a maioria convive com violência em casa ou na rua onde mora. Desde pequenos, eles presenciam o tráfico de drogas e outras práticas criminosas, o que os levam a achar comum essas atividades. Porém, há outros que entram na criminalidade apenas por rebeldia”, explicou a delegada. Ontem, foi divulgado um vídeo, no qual estudantes de duas escolas estaduais de Eunápolis protagonizaram cenas de violência. Cerca de 15 adolescentes da Escola Estadual Monte Pascoal foram até o Colégio Fernando Alban para agredir uma aluna com socos e pontapés. Os ânimos só foram acalmados com a chegada da polícia. O motivo seria um desentendimento mais cedo dentro do ônibus escolar que conduz os estudantes. Já na tarde da última quinta-feira, uma adolescente esfaqueou uma menina de 12 anos, em frente a Escola Municipal Arlete Magalhães, em Castelo Branco, Salvador. De acordo com a polícia, o desentendimento se iniciou após a vítima ter tirado satisfação com a outra por causa de um namorado. FAMÍLIA - Sobre a responsabilidade da família em relação ao comportamento dos menores de idade, Claudenice Mayo ressaltou que não se deve depositar a “culpa” na educação transmitida pelos pais. “Na maioria das vezes, por necessidade, os pais precisam sair para trabalhar e não têm condições de acompanhar os filhos como deveriam. Porém, há certos casos em que, realmente, há negligência e os pais não vão às escolas saber do comportamento dos filhos, assim como não fiscalizam as companhias”, garantiu. Diante da situação, em novembro do ano passado, o Ministério Público da Bahia pediu que a Justiça determinasse, em caráter liminar, a criação e instalação de uma unidade para internação do menor infrator, no município de Vitória da Conquista. Além da parte física, os internos ainda poderão contar com serviços de psicólogos e assistentes sociais, como determina o Sistema Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Sinase).
Isso acontece porque o governo não tem se responsabilizado pelo cuidado que tem que dar para este público vulnerável e frágil. Antonio Araújo de Almeida
ResponderExcluirESSA DRAMÁTICA REALIDADE É APENAS O RESULTADO DE UM GOVERNO INSENSÍVEL, DESUMANO, QUE USA O DINHEIRO PÚBLICO PARA A CORRUPÇÃO.NIVALDO DANTAS
ResponderExcluirTÁ RUIM E A TENDÊNCIA É PIORRAR!
ResponderExcluirJOSUÉ FONSECA