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11 de fevereiro de 2012

POLÍCIA PRENDE PMS QUE MATARAM PARA CRIAR PÂNICO DURANTE GREVE

O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Arthur Gallas, disse nesta sexta-feira (10) que investiga a possibilidade do assassinato de cinco moradores de rua na Boca do Rio estar relacionado à greve parcial de policiais militares. O objetivo da chacina seria gerar pânico na cidade. Outra possibilidade investigada pela polícia é de que os quatro soldados acusados pelo crime agissem sob orientação e comando de comerciantes de diversos bairros. Os soldados Donato Ribeiro Lima, de 47 anos, e Willen Carvalho Bahia, 34, foram presos, nesta quinta-feira (9), por investigadores do DHPP e agentes do Comando de Operações Táticas (COT), da Polícia Federal, em cumprimento a mandados de prisão expedidos pelo Juiz Freddy Carvalho Pitta Lima, da 8ª Vara Crime. Os soldados Samuel Oliveira Meneses, conhecido como “Marrom”, e Jair Alexandre dos Santos também já possuem mandados de prisão, expedidos pela Justiça, e são procurados pelas Polícias Civil e Federal. Ambos são lotados na 39ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), localizada na Boca do Rio. Os soldados são suspeito de terem matado cinco moradores de rua no dia 3 de fevereiro, na avenida Jorge Amado, na Boca do Rio. Também são acusados de um triplo homicídio, ocorrido em setembro do ano passado, também na Boca do Rio, que vitimou três adolescentes de 14, 15 e 16 anos de idade. Investigações revelam que o quarteto também é responsável pela morte de Sérgio dos Santos Sena, em abril de 2010, também na Boca do Rio. LÍDER - Apontado como líder do grupo, o soldado PM Donato já esteve preso na Colônia Penal Lafayete Coutinho, condenado por homicídio, trabalhou na 39ª CIPM/Boca do Rio e encontrava-se lotado no 16° Batalhão de Polícia Militar, em Serrinha, distante 180 quilômetros de Salvador. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, Willen integra o Comando de Operações Policiais Militares (COPPM), no bairro dos Aflitos. APREENSÃO DE ARMAS - Na casa de Donato, no bairro de São Caetano, onde foram cumpridos também mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram duas pistolas ponto 40, uma pistola sem calibre definido, um revólver calibre 38, uma espingarda de ar, uma mira ótica, nove carregadores e farta munição. No imóvel, foram apreendidos também diversos aparelhos celulares, 62 DVDs, uma CPU e máquinas fotográficas, entre outros objetos. No local, havia também várias placas frias de automóveis. Segundo Arthur Gallas, a polícia investiga se as placas eram afixadas nos veículos usados, durante as ações do grupo, com objetivo de impedir a identificação dos mesmos. O soldado Samuel, que mora na Boca do Rio, não foi encontrado, mas em sua casa foram apreendidos uma pistola calibre 32, com carregador, munições, um notebook, relógios de pulso, celulares, balanças de precisão, pen drives e pinças de vários tamanhos. Todo o material encontrado será periciado no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Donato e Willien estão no Batalhão de Choque da Polícia Militar, em Lauro de Freitas.

Um comentário:

  1. deixa eu entender, o soldado PM Donato já esteve preso e mesmo assim não foi expulso da polícia? cadê a seriedade do comando? já vi que punição é uma palavra que não existe dentro da PM Bahia.

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