Revoluções, insurreições, ou “insurgências”, segundo rótulo em moda, nunca foram shows do tipo paz & amor. Ao longo dos milênios esses quadros foram pintados à sangue, haja visto a tomada do poder pelos barbudos cubanos e seu indelével “paredón”, isso nos idos de 1959. Mas nos dois caso citado, como tantos outros momentos trágicos vividos pela humanidade, a pena de morte foi aplicada com um mínimo de “processo”. Não que a forma venha a significar diferenciação importante do ponto de vista humanitário: execução é execução. Mas, do ponto de vista político, a aplicação da hedionda pena capital, ao ser revestida de um mínimo de formalidade, atesta que o movimento “de massas” tem uma direção, atua sob uma liderança, tem algum rumo. O linchamento puro e simples, tão horrendo quanto uma forca ou uma cadeira elétrica, comprova a anarquia (em seu sentido pejorativo) na direção, a ausência de lideranças fortes, a falta de rumo. Isto é o que está acontecendo com a Líbia. O linchamento do ditador Gaddafi é chocante para além da crueldade gritante transmitida pelas imagens. A forma de execução do sanguinário coronel, senhor da vida e da morte na Líbia por 40 anos, comprova que outros sanguinolentos personagens o estão substituindo na atribuição de decidir quem vive e quem morre. Os insurgentes líbios, entretanto, só lograram êxito em sua insurreição por conta do apoio militar da Otan. Não fossem as armas, a munição, o treinamento, o dinheiro, os bombardeios inclementes, os rebeldes teriam tido o mesmo fim de todos que, ao longo dessas quatro décadas, ousaram se levantar contra o coronel Gaddafi. A aliança militar ocidental, portanto, tem que fazer valer sua força neste momento e, com seu poder armado, convencer aqueles que se proclamam como as novas lideranças líbias de que o tempo de terror acabou.
Val Cabral
ResponderExcluirA morte desse tirano mostra que "com quem ferro fere, com ferro será ferido"!
Everaldo Brandão
QUEM MATOU ELE É TÃO COVARDE QUANTO ELE E FICARÁ IMPUNE COMO HERÓI NACIONAL.
ResponderExcluirNÃO VI JUSTIÇA NISSO, EMBORA EU CONSIDERE QUE A LÍBIA ESTAVA SUBMETIDA AO DOMÍNIO DE UM MONSTRO QUE DEVERIA SER DEPOSTO HÁ MUITO TEMPO.
HAROLDO GOMES
Já morreu tarde.
ResponderExcluirNunes