O sindicato dos servidores de Itabuna denuncia, mais uma vez, os atrasos de salário e más condições de trabalho no Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães (HBLEM). "Os servidores continuam sem saber se o salário vai ser depositado no dia certo". No mês passado, lembra o sindicato, foram 13 dias de atraso, "o que mexe com a organização financeira e estrutura familiar dos servidores, já que as contas e as despesas chegam e o salário não". Para os servidores, a nova administração, "que bradou para aos quatro cantos que iria de uma vez por todas resolver esta desumana situação, não resolveu".Mesmo com acordo feito no Ministério Público do Trabalho (MPT). "A data, quinto dia útil de cada mês, é ignorada constantemente pelo poder público sem que nenhuma punição seja dada pelo Judiciário," acusa o sindicato, que também denuncia as más condições de trabalho. Ele lembra que os trabalhadores, se quiserem beber água, "têm que comprar com dinheiro do próprio bolso", como noticiou o jornal A Região deste final de semana. "Para os pacientes a situação é desastrosa". Faltam remédios básicos como Dipirona e suprimentos simples como gase e esparadrapo. O sindicato diz que só existem 400 lençóis para os pacientes do HBLem, ao invés dos 4 mil necessários. "As cirurgias seletivas têm se tornado um drama para quem necessita. Pacientes da ortopedia, que dependem da retiradas de pinos e fixadores metálicos, acabam passando da data prevista de retirá-los, o que torna a situação temerária". O repasse mensal do governo do Estado chega rigorosamente entre o dia 10 e 15 de cada mês, além de ter sido aumentado em 33% pela Secretaria Estadual de Saúde no mês passado, de R$ 1,5 milhão para quase R$ 2 milhões.
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