A comissão da reforma política do Senado concluiu a fase de deliberações e decidiu que o voto deve continuar obrigatório no Brasil, embora boa parte dos parlamentares da oposição ao governo Dilma ache que o eleitor deve optar se irá ou não às urnas. “Votar ou não deve fazer parte da livre consciência do eleitor. A penalidade para quem não vota é quase nula”, acredita o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA); destacando, no entanto, que seu partido não chegou ainda a uma posição única sobre o tema. Já o Partido dos Trabalhadores (PT) defende a obrigatoriedade do voto. O líder do governo, senador Humberto Costa (PE), argumenta que o voto obrigatório é um exercício de cidadania. “Se engana quem pensa que o poder econômico também não influencia no voto facultativo. Pode-se pagar para a pessoa não ir votar e pode-se pagar para a pessoa votar. O problema não chega nem à fila de votação”, disse. Uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada em maio de 2010 constatou que 48% da população brasileira são favoráveis ao voto obrigatório, enquanto 48% preferem o voto facultativo. Informações do A Tarde.
Voto obrigatório é um conta-senso. Deveria votar apenas quem realmente QUER VOTAR, ou seja, quem dá valor e sabe da importância do ato.
ResponderExcluirRildo
A primeira mudança pra valer de verdade na reforma eleitoral é a validade a partir das proximas eleições do voto facultativo. Esta medida faria o cidadão interagir de verdade com seu escolhido.
ResponderExcluirConte comigo, enquanto o voto for obrigatorio o meu sera nulo.
Clayton M. de Oliveira
Prezado amigo Val Cabral
ResponderExcluirO voto deve ser visto como um direito e não como um dever. Exerce tal direito aquele que se sentir mais comprometido com o futuro do país. Mas não seria somente esta a mudança, pois temos também problemas com a representatividade dos eleitores. Pela regras atuais, um voto no Acre tem valor superior a de um eleitor de São Paulo. Outra desigualdade é a representatividade numérica de senadores que não guarda relação com o tamanho da população dos estados; são 3 senadores por estado, independentemente de um ter 42 milhões de habitantes e outro 2 milhões. Teríamos também que limitar o número de partidos, exigindo-se um quorum mínimo eleitoral (ex, 5%) de representatividade para que se aprove um novo partido. Ou seja, em matéria política nos encontramos na idade média, fato este que por si só, reduz sensivelmente nossa capacidade de desenvolvimento.
Paulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
Sempre que ouço ou leio sobre a defesa do voto facultativo, me sinto uma voz isolada porque, confesso, sou totalmente contra.
ResponderExcluirPelo menos neste momento político que o Brasil atravessa.
Sabe qual seria o resultado do fim do voto obrigatório?
Os candidatos do PT se perpetuariam no poder executivo e no legislativo, seja na esfera municipal, estadual ou federal.
O único partido realmente “profissional” é o PT que, favorecido pelo amadorismo da oposição, atua de maneira orquestrada e objetiva.
Esse é o partido que conseguirá levar seus eleitores às urnas, inclusive porque não tem compromisso com a verdade ou com a coerência.
Além disso, conseguiu agregar em torno de si toda uma gama de correntes que hoje se alimentam dos cofres públicos.
Sindicalistas, MSTs, ONGs de fachada, imprensa engajada, intelectuais parasitas saberão motivar o eleitor do PT, movidos pelo brilho do pote de ouro no final do arco-íris.
O resto do povão ficará em casa se chover ou irá para a praia se fizer sol. Ou pior: desiludido sacudirá os ombros em sinal de indiferença.
Num cenário ainda mais sombrio, comparecerá às urnas se movido pelo surgimento – ou ressurgimento – de um “mito”.
O voto facultativo só funcionaria se nosso povo tivesse outro nível de educação e fosse politicamente bem informado.
Para mim, voto facultativo é sinônimo de muitas décadas de PT no poder. E isso é assustador!
Maria Helena Rebouças de Lima
Professora Lena
Acho que tem coisa não deveria ser obrigatória. Como o alistamento no exercito o voto que é o assunto em questão. Nos EUA, nem um e nem outro é obrigatório e nem por isto a população deixa de votar ou de se alistar nas forças armadas americanas. A unica coisa que me parece ser boa e não copiamos deste país é este nacionalismo que eles tem o ano todo e não apenas em Copa do Mundo.
ResponderExcluirAcho que o comportamento da classe política mudaria se o voto não fosse obrigatório. Sou totalmente contra o voto obrigatório, mas só isto não basta. Além de não ser obrigatório, teríamos que ter o voto distrital, para que o político ficasse mais comprometido com a região que o elegeu e também acabar com o senado.
ResponderExcluirGutembreg Matos
A cultura do poder está tão enraigada no estado brasileiro que, embora democrático (pelo menos a eleição é direta e livre), insiste em obrigar o cidadão a ter direitos, como é o caso do voto obrigatório. Essa é apenas uma das excrescências jurídicas que necessitam ser varridas urgentemente do nosso modelo eleitoral.
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