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18 de maio de 2011

NA CÂMARA, 266 VOTAM CONTRA CONVOCAR PALOCCI

A Câmara derrubou em plenário o pedido de uma sessão para discutir a convocação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil). O placar da Casa mostrou que 72 votaram a favor, enquanto 266 foram contrários. Outros dois pedidos de convocação, encaminhados também pela oposição, foram votados logo depois, e também acabaram derrubados. Reportagem da Folha do último domingo (15) mostrou que o ministro multiplicou por 20 seu patrimônio entre 2006 e 2010. Ele adquiriu dois imóveis pela empresa Projeto --um apartamento de luxo em São Paulo no valor de R$ 6,6 milhões e um escritório na mesma cidade por R$ 882 mil. Para blindar Palocci e evitar um desgaste para o Palácio do Planalto, os governistas cancelaram nesta quarta-feira a reunião da Comissão de Fiscalização e Controle da Casa. A reunião foi cancelada porque o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), pediu que a Mesa Diretora marcasse para hoje uma sessão extraordinária às 9h. Após o cancelamento da reunião da Comissão de Fiscalização e Controle, o líder do DEM na Casa, ACM Neto (BA), tentou levar o pedido de convocação para a Comissão de Agricultura, que é comandada pela oposição. A reunião da Comissão de Agricultura acabou sendo suspensa logo depois, quando começou a sessão extraordinária no plenário da Câmara. ACM Neto levou, então, os pedidos de convocação ao plenário da Casa. FARPAS - ACM Neto e o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) voltaram a trocar farpas hoje. Vaccarezza criticou a oposição por tentar votar os pedidos de convocação em plenário apenas para "desmoralizar" o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). "Querem impedir a Casa de votar seja lá o que for", criticou o líder do governo. A sessão estava marcada para a votação de uma das 11 medidas provisórias que trancam a pauta da Câmara. "Não é possível que sejam tão insensatos, imaturos e primários para transformarem o plenário em um debate sobre o ministro Palocci", reclamou Vaccarezza. Mais cedo, ACM Neto havia dito que o governo quer "amordaçar" a oposição no caso Palocci.

2 comentários:

  1. "PALOCCI SÓ FICA NO CARGO SE CEDER ÀS EXIGÊNCIAS DOS QUE QUEREM DERRUBÁ-LO; LOGO, O MELHOR QUE TEM A FAZER É SAIR, OU O GOVERNO VIRA REFÉM"

    Há duas coisas sobre Antonio Palocci que são bastante relevantes. A primeira, que diz respeito ao futuro do país, é a seguinte: ele agora está nas mãos de seus inimigos. De quais inimigos? Os da oposição? Não! Ela não tem nada com isso. Está nas mãos de seus inimigos dentro do PT. Como se estabeleceu um cordão sanitário em torno de sua empresa, quem quer que tenha entregado o serviço à imprensa — que cumpriu o seu papel ao noticiar informação confirmada — sabe mais. Atenção: a dinâmica agora dependerá do comportamento de Palocci e de ele ceder ou não ao pleito de seus adversários petistas. Palocci perde autonomia, e, por conseqüência, o governo Dilma também.

    No que diz respeito ao futuro, essa é a questão relevante. A melhor forma de blindar o governo Dilma daqueles que querem chantagear Palocci é o ministro ser dispensado, ou se dispensar, de suas atuais funções. Palocci, dadas as alternativas, é um “quadro” preferível a quase tudo o que o PT oferece, mas, para tanto, ele não pode ser refém daqueles que têm pleitos até agora não-atendidos. Que o jogo é pesadíssimo, bem, disso não resta dúvida.

    A segunda questão
    A segunda questão nos fala um pouco mais de Palocci. Considerar que os R$ 7,5 milhões é o total que Palocci ganhou com sua “empresa” de consultoria me parece um pouco ingênuo. Um consultor caro como o ministro certamente não botaria todos os ovos num cesto só, certo. Tenho pra mim que só compra apartamento de R$ 6,6 milhões — que não tem, exatamente, grande liquidez por motivos óbvios — quem tem bem mais do que isso. Não é uma acusação; é só uma ilação lógica. As pessoas não costumam torrar toda a grana de que dispõem numa casa ou apartamento. Sempre deixam um dinheiro para o caso de aperto. Quando a coisa atinge esses valores, suponho, os milionários como Palocci buscam diversificar os investimentos.

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  2. "DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS"

    Os petistas formam a nova aristocracia brasileira. Como se sabe, por laços de parentesco e simpatias partidárias, ela tem direito até a passaportes diplomáticos.

    Ah, sim: a jornalista que “bateu o fio” para o então ministro sobre a grana do caseiro, Helena Chagas, é a chefona da área de comunicação do governo. Exerceu o mesmo papel na campanha de Dilma. Por indicação de Palocci.

    Desta feita, o algoz de Palocci, tudo indica, não é um caseiro, mas um “companheiro”. Quem? A esta altura, o ministro já conhece o preço do bom comportamento com quem o tem na mira. Francenildo se danou apenas porque contou o que viu. Não havia pedido nada em troca.

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