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18 de maio de 2011

BOLSONARO CRIA POLÊMICA COM LUÍS MOTT

Mais conhecido por suas declarações racistas e homofóbicas do que pela própria atuação parlamentar, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) surpreende agora com mais um projeto polêmico: o Plano Nacional da Vergonha, descrição que ele mesmo deu ao Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que prevê, entre outras coisas, a inserção da temática gay nos livros didáticos e a distribuição de bolsas de estudos para qualificação dos profissionais travestis e transexuais. Opositor declarado da proposta, Bolsonaro tratou de combatê-la, através de uma cartilha assinada pelo próprio, onde critica veemente a Secretaria Especial dos Direitos Humanos LGBT pelo que considera uma “afronta à moral e aos bons costumes”. O folhetim, que já circula no Rio de Janeiro, é distribuído gratuitamente em locais públicos, pontos turísticos, restaurantes e até escolas, com análise de pelo menos 50 dos 180 itens do projeto de lei. “Querem, na escola, transformar seus filhos de 6 a 8 anos em homossexual”, argumenta. No texto, publicado uma semana depois que o STF aprovou por unanimidade a união entre pessoas do mesmo sexo, o deputado afirma ainda que “meninos e meninas, alunos do 1º grau, são vítimas de uma emboscada armada por grupos de homossexuais fundamentalistas, levando aos inocentes mensagens de que ser gay ou lésbica é motivo de orgulho para a família”. E completa: “é absurda essa proposta do governo”. E Bolsonaro não se limitou a expor seus pensamentos preconceituosos. O deputado ainda atribuiu frases a terceiros, como fez ao utilizar, no panfleto, textos e imagens daqueles a quem se refere como “defensores do fundamentalismo homossexual em ação”. No material, Jair Bolsonaro sugere que o antropólogo e historiador Luiz Mott, fundador e ex-presidente do GGB (Grupo Gay da Bahia) e um dos mais conhecidos ativistas brasileiros em favor dos homossexuais, faz apologia à pedofilia. Procurado para comentar o assunto, a reportagem desta Tribuna foi informada que Luiz Mott cumpre agenda profissional em Roma. O presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, entretanto, negou que a declaração impressa na cartilha foi dada pelo colega. “Nada do que está escrito ali foi dito por Mott. Em nenhum contexto ele falaria isso. Se trata de uma campanha difamatória liderada pelos senhores Jair Bolsonaro, Silas Malafaia, Júlio Severo e outros conservadores e homofóbicos, que desde 2007 caluniam Luiz Mott atribuindo a ele declarações que não são de sua autoria”, afirmou Cerqueira. ACUSAÇÕES IMPRÓPRIAS - O presidente do GGB disse ainda que, diferente do que o parlamentar anuncia, a entidade não utiliza a luta contra homofobia para incentivar ninguém a nada, já que orientação sexual não se incentiva ou convence. Segundo ele, o GGB vai acionar Jair Bolsonaro na justiça por calúnia, difamação e uso indevido da imagem. “Estamos apenas esperando Luiz Mott retornar da Itália para tomarmos as providências cabíveis e necessárias”, explicou. Este não seria o primeiro processo contra o parlamentar, acusado de ser homofóbico e racista pela cantora Preta Gil, após declaração polêmicas, em rede nacional, em um programa de grande audiência. Na ocasião, o deputado se defendeu com outra declaração tão polêmica quanto a primeira: “Estou me lixando para o pessoal do movimento gay, que não tem nada a oferecer à sociedade”, ressaltou. Além da foto e da frase atribuída ao antropólogo baiano, a cartilha ainda exibe fotos e supostas declarações do Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro; e do presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis. Procurada, a assessoria do deputado, até o fechamento desta edição, não se manifestou sobre o assunto. (Catiane Magalhães).

2 comentários:

  1. SERIA MUITO MELHOR SE ELES SE ACETASSEM E ATÉ SE CASASSEM, POIS TUDO FAZ PARTE DO AMOR!!!!
    MIRANDA BORGES

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  2. Val Cabral, não sei quem é mais louco entre esses dois: um se diz viado demais e o outro se diz macho demais!!!! Bené

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