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25 de março de 2011

PARTIDO VERDE E PARTIDO DO MEIO AMBIENTE

Está sendo organizado no Brasil um novo partido cujo nome afirma que está voltado para as questões ambientais. Não poderia ser mais direto: Partido do Meio Ambiente – PMA. Pelo menos na denominação, vê o meio ambiente de uma maneira mais ampla e abrangente do que o já existente Partido Verde – PV. Este, nas últimas eleições presidenciais teve um desempenho espetacular e surpreendente, graças à candidatura da senadora e ex-ministra Marina Silva e aos sentimentos de parcelas do eleitorado em relação às campanhas e propostas de Dilma Rousseff e José Serra. Mas o Partido Verde está dando mostras de despreparo para manter e até ampliar o espaço político conquistado nas urnas. Isso, por si só, já seria difícil, pois uma grande parte do bom desempenho eleitoral do PV nas eleições presidências decorreu de uma conjuntura específica, que deixou de estar presente. Mas se poderia esperar que o Partido Verde fizesse os esforços necessários para, pelo menos, manter o máximo possível do espaço conquistado. No entanto, o que se está vendo é o PV estraçalhar-se em disputas e vaidades internas. Os que controlam burocraticamente o partido põem para escanteio os verdes que têm expressão política, influência na opinião pública e votos, a exemplo de Marina Silva, Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis (deputado, fundador e ex-presidente do PV). O atual presidente do PV manobrou para prorrogar por um ano o seu mandato no cargo de direção, o que adia também por um ano a inclusão de Marina e do grupo que a acompanha no comando partidário. Este grupo não é majoritário na estrutura burocrática do partido, até porque o grupinho que controla essa estrutura trava a organização, em nível de estrutura partidária, do grupo de Marina, Gabeira, Sirkis e outros. Com a manobra do presidente do PV e seu grupo burocrático, as lideranças políticas do partido estão considerando seriamente a hipótese de mudar de legenda, não o tendo feito ainda certamente porque, além de buscarem algo que seja compatível com suas ideias e propostas, deparam-se com uma legislação que, em nome do “fortalecimento dos partidos” – sobre o que cabem muitas dúvidas se isso é bom ou ruim – e da “fidelidade partidária”, escraviza os políticos às legendas em que eventualmente estejam. Há no Brasil, hoje, uma ditadura dos partidos, a tornar-se mais pesada se adotadas certas ideias na reforma política, a exemplo da votação em “listas fechadas”. Este expediente tem dois efeitos principais: 1) estabelece uma ditadura do partido sobre os seus candidatos às eleições proporcionais (de deputados federais e estaduais e de vereadores); 2) rouba ao eleitor o direito, que até hoje sempre teve no Brasil em eleições diretas, de escolher diretamente seus candidatos a mandatos parlamentares. A seleção passa a ser feita pelas convenções partidárias, controladas por quem controla a estrutura de cada partido nos âmbitos nacional, estadual ou municipal. Bem, a ditadura partidária no PV, mesmo sem existir ainda o instrumento descrito acima, ameaça afastar tudo que o PV tem de valioso em termos políticos e eleitorais. Talvez seja por isto que algumas pessoas com senso de oportunidade já estejam ensaiando a criação do Partido do Meio Ambiente. (Ivan De Carvalho).

10 comentários:

  1. Quanto mais partidos políticos defendendo o meio ambiente, melhor ainda para a natureza e para o futuro das nossas próximas gerações.
    Sou simpático a Partido Verde e até votei em Marina Silva, por areditar que suas propostas ambientalistas seriam a solução para nossos problemas educacionais, sociais...
    Valmir Araújo

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  2. O, PSDB, DEM, PSB, PC do B, PT... não podem achar que só eles tem direito de ter corruptos. Joselito Vieira

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  3. Júlia Lima25 março, 2011

    Um dos maiores males na legislação eleitoral hoje é justamente isso, com meia dúzia de pessoas se monta um partido, se é que se pode chamar de partido.

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  4. O Brasil tem mais partidos que times de futebol.
    Sandro Santiago

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  5. Este tal de PMA deve ser mais um partido dos boyzinhos filhinhos de papai da burguesia brasileira que nos conduzem ao eterno atraso!!!!!!!! Lucas

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  6. Paulo Cerqueira25 março, 2011

    A criação de partidos politicos no Brasil sempre foi a reunião de nefastos
    para poderem assaltar, os cofres publicos.
    Partidos politicos não passam de uma organização de criminosos e ladrões
    aonde até a justiça se verga contra o povo.

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  7. Numa democracia é necessário haver partidos políticos para justamente discutir e chegar a um senso comum daquilo que é melhor para todos. Os partidos precisam respeitar os princípios democráticos e principalmente o povo que representa.
    No Brasil, a nossa política está corrompida, como um câncer enraizado em todos os partidos, órgãos públicos. Em todas as esferas políticas. A corrupção se tornou tão banal, que hoje o cidadão se candidata para um cargo público com a intenção de se dar bem fiananceiramente.
    Espero que este PMA, caso seja fundado, não venha as e tornar mais um PT, DEM, PSDB, PSB... que não passam de quadrilhas de corruptos.
    Flávio Lopes

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  8. Reinaldo Borges25 março, 2011

    No Brasil os partidos não seguem princípios, seguem é a ganância, a sede por poder. Eu acho mais do que na hora de acabarmos com o atual sistema político/judiciário, temos de dar um golpe de estado, estabelecer uma nova constituição, retirar a podridão do sistema, migrar pra o parlamentarismo, dentre outras coisas.
    É necessária uma reforma política no Brasil se quisermos avançar.

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  9. Prezado amigo Val Cabral

    A roubalheira política no Brasil é endêmica. No meu ponto de vista, se fizermos uma comparação entre partidos políticos e prisões veremos que:
    Os partidos políticos não só são escolas de corrupção entre seus integrantes, e que alem disso eles são a sustentação da máfia política.
    Qual é o grande benefício dos partidos políticos diante das mazelas que eles nos apresentam?

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

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  10. O PMA (Partido do Meio Ambiente) concebido a partir de um sonho de nosso Pres. Nacional Jurandir Silvério, possui em sua essência programática um direcionamento baseado na "sustentabilidade de possível", que pode não ser o modelo dos sonhos de muitos ativistas ambientais nem de muitas pessoas que identificam nosso ambiente como um bem cujo valor intrínseco não pode ser mensurado segundo valores meramente antropocêntricos. Atualmente ocupo o cargo de Secretário Nacional de Projetos Ambientais, e como o cargo exige desenvolvi o projeto de governança ambiental denominado "Projeto Gaia 1", registrado em cartório, em que as propostas para planejamento urbano, sociedade e direitos difusos, uso e ocupação do solo, tecnologias/normas/processos, são abordados tendo como bases estruturantes a ecologia política e justiça ambiental.
    Não somos, nem pretendemos ser um partido de classes "A", "B" ou "C", nem a representação democrática de setores específicos.

    Sou do Rio de Janeiro e coloco-me a disposição para dirimir eventuais dúvidas, críticas ou questionamentos acerca de nosso projeto de governança ambiental através do e-mail hysaito@gmail.com ou pelo cel. 21 9145-6368.

    Atenciosamente,

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