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Câmara

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23 de fevereiro de 2011

MOMENTO ÍMPAR PARA O SUL DA BAHIA

Algo fantástico acontece quando se percebe que estamos vivendo um momento verdadeiramente histórico e importante. Para os brasileiros, a vitória de Lula, não somente eleitoral, mas como o maior presidente que o Brasil já teve, seguida da eleição da primeira mulher presidenta, a companheira Dilma Roussef, significou uma ruptura com a velha ordem. Quem teve e tem a oportunidade de vivenciar toda a riqueza desse período pode ser considerado um agraciado pela História, com “H” maiúsculo. Tenho igual sentimento com a fase em que se encontra a rica e abençoada, embora sofrida, região cacaueira da Bahia. Após décadas de crise, a lavoura ressurge com toda força, embalada pelo PAC do Cacau, por um trabalho heróico e incansável da Ceplac, e pela elevação do preço da commodity. As fazendas vêm incrementando a produção, e centenas de produtores tiveram a oportunidade de renegociar suas dívidas com os bancos oficiais. O clima é de um otimismo que há muito tempo não se via na região, o que traz enorme alegria a este deputado que teve a chance e a honra de participar da primeira Câmara Setorial do Cacau. A crise certamente trouxe lições, já que entre os atributos das dificuldades se inscreve o de mostrar novos caminhos, possibilitando refazer estratégias. A região está hoje mais amadurecida, uma vez que conhece a necessidade de diversificar sua base produtiva e de não se limitar ao setor primário. Hoje se tem a noção exata da importância de não limitar a economia produtiva à venda do fruto “in natura”. A industrialização chega ao Sul da Bahia, trazendo consigo a expectativa de um desenvolvimento sólido e perene. Em paralelo, a região debate, cheia de expectativas, a questão do Porto Sul, um investimento bilionário que também representa um marco. Pela primeira vez, em décadas, o Interior do Estado recebe um empreendimento de tal porte, que inclui uma ferrovia com 1.100 quilômetros, somente no território baiano (de Barreiras a Ilhéus), um aeroporto internacional e um porto para navios de grande calado. Essa infraestrutura permitirá o escoamento de produtos como grãos, fertilizantes e minérios, beneficiando o estado com o aumento da arrecadação e a geração de novos empregos. O Porto Sul traduz a opção do Governo da Bahia, com o apoio do Governo Federal, de interiorizar o desenvolvimento baiano, há décadas concentrado em Salvador e Região Metropolitana. É uma opção corajosa e coerente, que demonstra visão estratégica e compromisso com o crescimento de nosso Estado. Não deve passar despercebido o alerta do governador Jaques Wagner, na abertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa, nesta terça-feira, 15 de fevereiro, sobre as movimentações de forças políticas de outros estados interessadas em impedir que a Bahia dê esse salto para um novo ciclo de progresso. O envolvimento das lideranças e a participação efetiva da sociedade baiana nesta questão são fundamentais para que o Porto Sul não “morra na praia”. Viver esse momento histórico não é apenas um privilégio, pois implica em assumir desafios e não se deixar atropelar pelos fatos. Quem entende a demanda e assume essa postura tem uma oportunidade a mais: a de fazer história. Outro ponto importante é que a defesa do Porto Sul não significa passar ao largo da questão ambiental e da responsabilidade com o desenvolvimento sustentável. O debate está aberto e deve ser travado de maneira democrática, com foco no interesse regional, e buscando caminhos para que o impacto no meio ambiente seja o menor possível. Frisamos, ainda, que os defensores do projeto não devem ser colocados em área oposta aos que lutam pela preservação da natureza, pois isso empobrece a discussão. Todos nós devemos nos posicionar em defesa do meio ambiente, pois, há muito tempo isso deixou de ser obstáculo ao crescimento. (Josias Gomes - deputado federal, e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia).

2 comentários:

  1. Chinês já pagou o ferro ele que tirar onde for mais barato, não me venha com essa conversa pra boi dormir!
    A industrialização do sul da BAHIA NÂO TEM UMA PÁ DE AREIA DO GOVERNO DO PT.
    E preço alto das comodites é devido a falta de alimento no mundo por ordem climática, fome dos chineses e a competividade do setor do agro-negocio Brasileiro plantado pela EMBRAPA na decada de 70-80-90.

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  2. Será que esse deputado vive na região cacaueira? Depois que a plantações foram agredidas pela vassoura de bruxa que o o único suspeito foi um representante do PT, dali para cá a Região só encontra lero lero políticos dem compromisso com os agricultores que até estão na beira da falência, isto é, aqueles que sobreviram até o momento. Muita gente morreu de vergonha. Portanto, Deputado, me poupe.

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