Algo fantástico acontece quando se percebe que estamos vivendo um momento verdadeiramente histórico e importante. Para os brasileiros, a vitória de Lula, não somente eleitoral, mas como o maior presidente que o Brasil já teve, seguida da eleição da primeira mulher presidenta, a companheira Dilma Roussef, significou uma ruptura com a velha ordem. Quem teve e tem a oportunidade de vivenciar toda a riqueza desse período pode ser considerado um agraciado pela História, com “H” maiúsculo. Tenho igual sentimento com a fase em que se encontra a rica e abençoada, embora sofrida, região cacaueira da Bahia. Após décadas de crise, a lavoura ressurge com toda força, embalada pelo PAC do Cacau, por um trabalho heróico e incansável da Ceplac, e pela elevação do preço da commodity. As fazendas vêm incrementando a produção, e centenas de produtores tiveram a oportunidade de renegociar suas dívidas com os bancos oficiais. O clima é de um otimismo que há muito tempo não se via na região, o que traz enorme alegria a este deputado que teve a chance e a honra de participar da primeira Câmara Setorial do Cacau. A crise certamente trouxe lições, já que entre os atributos das dificuldades se inscreve o de mostrar novos caminhos, possibilitando refazer estratégias. A região está hoje mais amadurecida, uma vez que conhece a necessidade de diversificar sua base produtiva e de não se limitar ao setor primário. Hoje se tem a noção exata da importância de não limitar a economia produtiva à venda do fruto “in natura”. A industrialização chega ao Sul da Bahia, trazendo consigo a expectativa de um desenvolvimento sólido e perene. Em paralelo, a região debate, cheia de expectativas, a questão do Porto Sul, um investimento bilionário que também representa um marco. Pela primeira vez, em décadas, o Interior do Estado recebe um empreendimento de tal porte, que inclui uma ferrovia com 1.100 quilômetros, somente no território baiano (de Barreiras a Ilhéus), um aeroporto internacional e um porto para navios de grande calado. Essa infraestrutura permitirá o escoamento de produtos como grãos, fertilizantes e minérios, beneficiando o estado com o aumento da arrecadação e a geração de novos empregos. O Porto Sul traduz a opção do Governo da Bahia, com o apoio do Governo Federal, de interiorizar o desenvolvimento baiano, há décadas concentrado em Salvador e Região Metropolitana. É uma opção corajosa e coerente, que demonstra visão estratégica e compromisso com o crescimento de nosso Estado. Não deve passar despercebido o alerta do governador Jaques Wagner, na abertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa, nesta terça-feira, 15 de fevereiro, sobre as movimentações de forças políticas de outros estados interessadas em impedir que a Bahia dê esse salto para um novo ciclo de progresso. O envolvimento das lideranças e a participação efetiva da sociedade baiana nesta questão são fundamentais para que o Porto Sul não “morra na praia”. Viver esse momento histórico não é apenas um privilégio, pois implica em assumir desafios e não se deixar atropelar pelos fatos. Quem entende a demanda e assume essa postura tem uma oportunidade a mais: a de fazer história. Outro ponto importante é que a defesa do Porto Sul não significa passar ao largo da questão ambiental e da responsabilidade com o desenvolvimento sustentável. O debate está aberto e deve ser travado de maneira democrática, com foco no interesse regional, e buscando caminhos para que o impacto no meio ambiente seja o menor possível. Frisamos, ainda, que os defensores do projeto não devem ser colocados em área oposta aos que lutam pela preservação da natureza, pois isso empobrece a discussão. Todos nós devemos nos posicionar em defesa do meio ambiente, pois, há muito tempo isso deixou de ser obstáculo ao crescimento. (Josias Gomes - deputado federal, e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia).
Chinês já pagou o ferro ele que tirar onde for mais barato, não me venha com essa conversa pra boi dormir!
ResponderExcluirA industrialização do sul da BAHIA NÂO TEM UMA PÁ DE AREIA DO GOVERNO DO PT.
E preço alto das comodites é devido a falta de alimento no mundo por ordem climática, fome dos chineses e a competividade do setor do agro-negocio Brasileiro plantado pela EMBRAPA na decada de 70-80-90.
Será que esse deputado vive na região cacaueira? Depois que a plantações foram agredidas pela vassoura de bruxa que o o único suspeito foi um representante do PT, dali para cá a Região só encontra lero lero políticos dem compromisso com os agricultores que até estão na beira da falência, isto é, aqueles que sobreviram até o momento. Muita gente morreu de vergonha. Portanto, Deputado, me poupe.
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