Forças de segurança leais ao ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, dispararam indiscriminadamente contra manifestantes em vários bairros da capital do país, Trípoli, segundo testemunhas ouvidas pela Reuters e pela France Presse nesta sexta-feira (25). Os confrontos ocorreram após as tradicionais orações de sexta-feira dos muçulmanos. Um deles ocorreu no distrito de Janzour, na periferia da capital. Pelo menos cinco pessoas morreram, segundo um morador ouvido pela Reuters. A TV Al Jazeera afirma que pelo menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas nos confrontos.Também há protestos no distrito de Fashloom, no leste. Os rebeldes antigoverno mantinham nesta o controle sobre o leste da Líbia, por intermédio de "conselhos populares", e o regime de Kadhafi tentava evitar que o movimento controlasse também o oeste do país, e para a capital. Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de líbios e estrangeiros fugiam do país por terra, mar e ar. O Conselho de Segurança da ONU se reunirá durante o dia em Nova York para discutir medidas de pressão sobre Kadhafi, que ignora os apelos para dar fim à brutal repressão dos protestos que, desde 15 de fevereiro, exigem sua renúncia. A União Europeia também analisa sanções. O ditador de 68 anos, no poder desde 1969, acusou na quinta-feira os manifestantes de terem vínculos com a rede terrorista da al-Qaeda e de agir sob o efeito de drogas. Aparentemente, não havia radicais islâmicos nos conselhos populares, segundo relatos da Reuters. Segundo o jornal líbio "Quryna", 23 pessoas morreram e pelo menos 44 ficaram feridas no ataque das forças de segurança contra a cidade de Zawiya, próxima a Trípoli, que tem a maior refinaria de petróleo do país. Mas as forças leais ao líder não teriam conseguido entrar na cidade, disseram testemunhas nesta sexta-feira. "Há controles do Exército e da polícia ao redor de Zawiya, mas nenhuma presença deles dentro da cidade. Somente vi alguns civis desarmados", disse Said Mustafa, que cruzou a cidade nesta sexta-feira, a caminho da fronteira com a Tunísia. O número total de vítimas é incerto, de acordo com informações do G1. O filho de Kadhafi, Saif al Islam, disse que a violência em seu país deixou 242 mortos. Falando ao canal CNN-Türk, o filho de Kadhafi avaliou o número de mortos em 242, ou seja, menos que os 300 de um balanço anterior feito por partidários de seu pai. Mas outras fontes falam em até 3 mil mortos na repressão aos protestos. Na quinta-feira, a oposição já controlava localidades importantes no leste, inclusive Benghazi, segunda maior cidade do país, e havia relatos de que Misrata e Zuara, no oeste, também se haviam rendido à onda de rebelião, que já ameaça a base de poder do ditador e que mergulhou o país no caos. Muitos países, inclusive o Brasil, intensificaram as operações de retirada de seus cidadãos da Líbia, em um verdadeiro êxodo. Desde segunda-feira, pelo menos 30 mil tunisianos e egípicios retornaram por via terrestre a seus países, informou na quinta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A Itália prepara uma "operação militar" para resgatar cidadãos italianos presos no sudeste da Líbia, onde começam a faltar alimentos, informou nesta sexta o ministro da Defesa, Ignazio La Russa. A ONU teme um colapso na rede de distribuição de alimentos, uma vez que a Líbia importa praticamente toda a comida que consome.
É mais um ditador que sucumbe diante do poder extraordinário da democracia. É muito bom isto esteja acontecendo no mundo. Gutemberg Matos
ResponderExcluirTOMARA QUE ELE PAGUE COM A PRÓPRIA VIDA, TODOS OS ASSASSINATOS QUE COMETEU PARA SE MANTER NO PODR POR TODO ESTE TEMPO DE CRUELDADE, CORRUPÇÃO, OPRESSÃO, DESUMANIDADE... REINALDO DANTAS
ResponderExcluir