O Brasil é o sexto país no ranking de homicídios entre jovens. De acordo com o estudo Mapa da Violência 2011, divulgado hoje (24) pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídio entre pessoas de 15 a 24 anos subiu de 30 mortes por 100 mil jovens, em 1998, para 52,9, em 2008. Nesse período, o número total de homicídios registrados no país cresceu 17,8%, ao passar de 41,9 mil para 50,1 mil. No primeiro lugar do ranking aparece El Salvador, com 105,6 mortes violentas em cada grupo de 100 mil jovens. Em seguida vêm as Ilhas Virgens (86,2), a Venezuela (80,4), Colômbia (66,1) e Guatemala (60,6). De acordo com o autor da pesquisa, Julio Jacobo, os homicídios são responsáveis por 39,7% das mortes de jovens no Brasil. O estudo aponta que as taxas mais elevadas, acima de 60 homicídios em cada grupo de 100 mil jovens, estão na faixa dos 19 aos 23 anos de idade. “O jovem morre de forma diferente na atualidade. A partir da década de 1980, houve um novo padrão de mortalidade juvenil”, destacou o pesquisador. Em alguns estados, a morte de mais da metade de jovens foi provocada por homicídios. Alagoas é o estado que tem a taxa de homicídio juvenil mais alta do país (60,3), seguido pelo Espírito Santo (56,4), por Pernambuco (50,7), pelo Pará (39,2) e Amapá (34,4). Segundo Jacobo, os índices de homicídio nas capitais e regiões metropolitanas tiveram uma queda de 3,1% entre 1998 e 2008. No entanto, houve um crescimento considerável das taxas no interior do país. “Chamamos isso de interiorização da violência. A partir de 2003, ocorreu uma queda das taxas de homicídios nas capitais, no entanto, as taxas de homicídio no interior estão crescendo assustadoramente.” Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esse quadro de violência entre jovens no país exige das autoridades públicas uma profunda reflexão. “Isso coloca sobre os nossos ombros desafios, aos quais temos que responder com integração e superação de obstáculos, para que possamos ter uma política nacional de combate à violência que surta efeitos.” Cardozo anunciou que vai desenvolver um sistema de informação que mostre o mapa da violência em tempo real. “Apesar de todo esforço dos pesquisadores, as bases de dados disponíveis são de 2008. Temos uma defasagem de três anos. Não temos uma situação atualizada em tempo real do crime. É impossível ter uma ação de segurança pública sem informação.” Segundo ele, a política de repasse de verbas para a área de segurança aos estados será feita com base nesse sistema. “A idéia é que isso seja transparente, ou seja, que a sociedade possa acompanhar em tempo real onde acontecem os crimes.”
Até parece que estamos em guerra civil.
ResponderExcluirNão é este o Brasil que o brasileiro quer!
Rogério Nunes
Enquanto nossos legisladores não enxugar o excesso de leis muitas vezes conflitantes neste país, inclusive o ECA, que deveria ser EC, acolhendo apenas as crianças, e não aos adolescentes que se sentem "donos" do mundo, porque não há uma limitação rígida imposta sobre os mesmos, que são inclusive recrutados pelos traficantes; enquanto não se expurgar ao máximo a corrupção neste país, em todas as esferas: três poderes, bem como de todo cidadão brasileiro, acabando de vez com o tal "jeitinho brasileiro", que é uma das portas da corrupção; enquanto o povo brasileiro se comportar como covarde, porque não tem coragem de enfrentar as autoridades em seus abusos, conforme acontece em outros países (v. norte da África, Coréias, Grécia, dentre outros povos que enfrentam seus governos com coragem e dignidade); enquanto não houver uma reforma política de verdade e digna de respeito para o povo, nunca esse "ninho de cobras" que aí está, para deliberar exclusivamente a favor deles mesmos e dos partidos (por isso o povo tem que entender que nunca houve nem haverá verdadeira democracia neste país enquanto assim proceder - Apenas como exemplo, mesmo aqueles que não conseguem se eleger, mas que detenham algum reconhecimento popular, assumem pastas de Ministérios, Secretarias, Chefias, Diretorias de órgãos públicos, autarquias, concessionárias, empresas públicas, mistas, etc., etc., etc., onde ocorrem os mensalões, sanguessugas, tráficos de influência, venda de sentenças judiciais, desvios de verbas "pesadas", enfim, tudo que nocivamente minam as reservas de riqueza desse país imensamente abastado, mas rico apenas para essa minoria retromencionada); dentre muitas outras coisas e fatores importante para que haja uma verdadeira mudança positiva nesse país, e que será abordado em momento oportuno. Mas, no momento, a mais importante é que o brasileiro “tome vergonha na cara” e aja como verdadeiro cidadão, não apenas reivindicando seus próprios direitos, mas e principalmente os de seu povo, tão grandioso e merecedor que é!
ResponderExcluirComplemento.
ResponderExcluirDando continuidade ao comentário anterior, apenas para finalizar, faz-se mister acrescentar que conforme os acontecimentos e tramóias políticas que vem nos perseguindo desde algum tempo atrás, a tendência será só piorar, ou seja, haverá uma guerra entre os cidadãos de bem - contribuintes que sustentam a nação e os criminosos, porque não há eficiência nos serviços prestados pelos órgãos públicos em todas as esferas (saúde, educação, transporte, políticas públicas de inclusão, etc.), inclusive e principalmente de segurança. Desse modo, haverá apenas o caos como jazigo, onde prevalecerá sempre a lei do mais forte, e, apenas como alerta, a "válvula de escape" já está no seu limite...depois não falem que não avisamos...haverá muita carnificina...salve-se quem puder!
Peço licença para me desculpar com os leitores e Val Cabral acerca deste último comentário, pedindo, neste ato, que se acrescente uma vírgula "," após a frase "contribuintes que sustentam a nação". Muito obrigado!
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