Estudiosos garantem que o camelô é uma verdadeira instituição internacional, presente até nas mais ricas metrópoles do primeiro mundo. Asseguram também os pesquisadores que a “camelotagem” é praticada desde antigas eras. Crônicas do tempo do império romando registram a frenética atividade dos ambulantes nas vias públicas mais movimentadas daqueles tempos. O advento da modernidade turbinou essa antiguíssima atividade a ponto de convertê-la numa espécie de praga urbana, onde ruas e praças são desviadas de suas funções originais para o intenso e agressivo comércio informal. Camelódromo tornou-se um verbete do Aurélio, que define o vocábulo como autenticamente brasileiro, substantivo masculino e significante de “local, geralmente escolhido por autoridade municipal, em que camelôs têm licença para exercer a sua atividade”. Em verdade, com ou sem autorização do poder público, o camelô vai se espalhando pelos logradouros numa privatização massiva do bem que deveria ser comum. Numa sociedade cada dia mais fiscalista, a camelotagem é uma via de fuga à voracidade tributadora do Estado. Grandes comerciantes infiltram-se entre os pequenos vendedores, transformando-os em empregados informais através dos mais variados expedientes. Por essa rota flui um enorme volume da produção industrial de bens de consumo, muito particularmente produtos contrabandeados e/ou falsificados. Trata-se de, em seu conjunto, um gigantesco negócio, movimentador de somas milionárias. É, portanto, uma atividade poderosa, cada dia mais difícil de ser disciplinada e enquadrada pelos poderes constituídos. Por tudo isso, é necessário um redobrado esforço para impedir a completa anarquização do uso das áreas urbanas mais movimentadas, as preferidas pela privatização camelória, em prejuízo de sua função original de propriedade pública. Resistir é preciso.
Itabuna está uma verdadeira bagunça no centro da cidade, com camelôs invadindo áreas públicas e dificultando o acesso das pessoas.
ResponderExcluirA Prefeitura deveria tratar melhor este assunto; caso contrário o prblema somente aumentará.
Joselito Brito
NÃO EXISTE NADA QUE ESTEJA FUNCIONANDO BEM EM ITABUNA E NÃO SERIA DIFERENTE NESTA QUESTÃO DOS CAMELÔS. GILSON TELES
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