Depois do estardalhaço da “operação de guerra” que culminou com a “retomada” do território brasileiro que caíra nas indignas mãos do tráfico, parece que o noticiário está voltando ao seu padrão de costume. As emissoras até que tentaram, a todo instante, criar um clima de paroxismo que efetivamente não ocorreu. O que se viram, na maioria das vezes, foi deslocamento de helicópteros, policiais batendo papo de forma descontraída e repórteres como se estivessem prestes a ser atingidos por explosões de granadas ou saraivadas de balas. Com isso não quero negar os momentos de espetáculo midiático de grande efeito, como o da fuga em massa dos supostos deliquentes. Numa espécie de previsível êxodo, por meio de estrada de barro ligando o segmento invadido com as comunidades contíguas, só a polícia não sabia que aquela seria a rota natural de escape. Desalojar traficantes em manobras posteriores provou ser muito mais complicado. Dos centenas que fugiram, apenas alguns gatos pingados seriam capturados Certas curiosidades merecem destaque. Fica a certeza inconfundível de que a polícia estadual seria incompetente (e bota incompetência nisso) para encarar a estrutura marginal. Diante do abundante material apreendido, entre armas, dinheiro e drogas, ficou evidente a criminosa omissão das autoridades, sobretudo federais, durante anos seguidos, isso inclui desde antes de FHC até Lulalá. Como esses caras foram irresponsáveis ao deixar ao “Deus dará” faixas territoriais sem qualquer controle! E aí eu relembro que as favelas, sobretudo as do Estado do Rio de Janeiro, num passado não muito distante, eram considerados pelas elites intelectuais como um fenômeno social de inteira responsabilidade dos governos capitalistas. Por conta disso, havia um condescendente e apaixonado olhar. Num paroxismo de inspiração, Chico Buarque faria a apologia do “meu guri”. Saber que a hipócrita e decadente burguesia da zona sul carioca estava de caras e veias enfiadas no tóxico era um gozo. (Jamais esquecer que só existe tráfico porque tem o cliente). Com Lula, houve uma expansão (e o silêncio das elites). Nunca neste País o tóxico foi tão poderoso. No fim de tudo, com a proximidade da Copa, houve a necessidade de tomar-se uma providência. Até porque os traficantes começaram a aterrorizar. Ônibus e carros ardendo em chamas costumam ter imensa repercussão internacional. Não fora isso, e os guris ainda hoje estariam belos e fagueiros vendendo seus bagulhos.
A VIOLÊNCIA ESTÁ TOMANDO CONTA DO PAÍS INTEIRO E NOSSAS AUTORIDADES PARECEM NÃO TEREM INTERESSE DE PROVIDENCIAREM SOLUÇÕES DEFINITIVAS. QUEM SOFRE COM ISSO SÃO NOSSOS JOVENS, QUE ACABAM SENDO ADOTADOS, OU MORTOS PELOS TRAFICANTES. FERNANDO BARROS DE MELO
ResponderExcluirQuando falam que esse é o país do futebol ninguém acredita. Quem diria que a polícia iria enfrentar os traficantes para valer. É a Copa do mundo chegando.
ResponderExcluirEdmilson Monteiro
Além das malditas redes de televisão que são iguais a urubus, tem aqueles caras que torcem pelo pior, os idiotas ficam falando que é por causa da Copa do Mundo, é muita imbecilidade, ainda vai ocorrer daqui a quatro anos, nem as obras começaram, na época do PAN, bastou colocar os tanques nas entradas das favelas, que foi a maior calmaria, estes imbecis não enxergam, que o que houve na verdade, foi um pedido do governador para o governo federal intervir, e ele interveio, há quatro anos atrás, em São Paulo, houve uma guerra com o crime organizado, a mesma coisa, comandada de dentro dos presídios, e qual a diferença ? O governo paulista, do alto de seu orgulho e arrogancia, não aceitou a ajuda federal, e o que houve ? Morreram 170 pessoas, entre bandidos, cidadãos, policiais e bombeiros, isso não tem nada a ver com Copa do Mundo, se fossem fazer alguma coisa, seria às vesperas do evento, o que há na verdade, é que os malditos tucanos, querem é que o país pegue fogo, para eles, quanto pior melhor, já que não emplacaram o Serra, e também porque em São Paulo, reina a paz, não existe crime organizado, traficantes não promovem o terrorismo na população, não existem arrastões, e não existe consumo de crack nas praças e ruas.
ResponderExcluirRodrigo Sales
Minha opinião, independente do que aconteceu, é que isso é ótimo, o Rio ta mudando, e vai ficar mais maravilhoso do que já é.
ResponderExcluirÉ bom saber que tudo foi dominado sem derramamento de sangue, e que agora a situação da população mudou, eles deixaram de ser reféns, agora podem viver como cidadãos despreocupados.
Paulo Sérgio da Silva