Outro dia li um texto que merece reflexão e que tento reproduzir de memória: são tantos os problemas e envolvimentos do dia a dia, que, por vezes, a pessoa esquece que a vida não é o tempo que se passa nela, mas o que se faz enquanto o tempo vai passando. Como a vida é feita de instantes, não deve e não pode ser medida em dias ou meses, mas em minutos e segundos. O instante que está sendo vivido deve ser aproveitado sempre, isolando sempre que possível os momentos de tristeza e amargura, valorizando os momentos alegres e felizes. Quem assim o faz, aproveita bem a viagem terrena que estamos realizando. Apesar de tantos avanços no campo da Medicina, mais informações à disposição, uma considerável diminuição das distâncias pelas tecnologias de comunicação, estamos muitas vezes diante de doenças, moléstias ou enfermidades para as quais não são encontradas soluções. Ver definhar um ente querido à nossa frente, sem terapêutica ou cirurgia que o cure, é desafio à sensibilidade, dor que dói e maltrata. Um relato do médico Cristiano Conrado descreve bem essas angústias. Creio que o leitor concordará. Diz: “Pior ainda quando o prognóstico da doença é desfavorável. Olhares recaem sobre nós, como se detivéssemos a chave da salvação. As cobranças são inevitáveis, mas ninguém pode avaliar quão triste é a sensação de impotência... esse mês de dezembro me convida a refletir sobre minha condição de médico. Um antibiótico pode curar o físico, mas não é capaz de sanear a alma. Um carinho pode ser tão potente quanto um analgésico e seu efeito creiam, bem mais duradouro. Quando só resta aguardar a natureza seguir o seu rumo, nossa simples presença pode amenizar a angústia que o futuro incerto traz. E, por fim, aprendi, que, confiando na força maior que rege o universo, é possível, sim, aproveitar cada momento da vida, até mesmo quando alguém que a gente ama gravemente adoece.” É uma arte saber viver.
Muitas vezes é a gente mesmo que atrapalha a felicidade da gente. Nunes
ResponderExcluirSe dizem por ai, que a vida é dificil mas nos mesmo ainda fazemos mais dificies do quer ja é! complicamos mais... pode ser que no momento da angustia, duvida e do medo a maioria das pessoas nao saibam o que fazer, e em vez de melhorar piora. Entao tentar resolver as coisas com tempo e paciencia, talvez ajude.
ResponderExcluirMeu querido amigo Val Cabral, vc é um brilhante jornalista, bonito como o William Bonner, inteligente como o Paulo Henrique Amorin, contudente como o Datena, e além disso é modesto. As suas críticas a Geraldo Ficha Suja, Capitão Azevedo Molenga... são especialmente brilhantes, cuidado para eles não te processarem. A Globo deveria te contratar. Por quê não dá aula na faculdade... a universidade está perdendo um TALENTO. Célia Vieira da Silva
ResponderExcluir