A Bahia é o estado brasileiro com maior número de pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes. É o que mostra um mapeamento elaborado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e apresentado ontem. No relatório, foram identificados 1.820 pontos de risco em rodovias federais de todo o país. Desse total, 67,5% ficam em trechos urbanos. A maior parte desses pontos se concentra na região Nordeste, com um total de 545. A região Sul vem em seguida, com 399 pontos de risco. Segundo informações da PRF, as maiores rodovias federais são também aquelas que possuem um maior número de pontos. São elas, a BR-116 e BR-101. O levantamento não diz que esses pontos têm, necessariamente, exploração sexual, mas apresentam características que podem facilitar o crime. Dentre esses fatores de risco estão consumo de bebida alcoólica, presença de iluminação e escassa atuação de conselhos tutelares. De acordo com Moisés Dionísio, inspetor da PRF, antes a polícia acreditava que os pontos onde ocorria a exploração sexual de menores de idade eram locais escuros e ficavam, sobretudo, nas zonas rurais. “Com esse mapeamento mais detalhado, verificamos que a criança é explorada em local iluminado, pois as crianças têm medo de escuro”, diagnosticou o inspetor. A explicação para que os pontos de risco estejam concentrados nas regiões Nordeste e Sul, para a PRF, está principalmente na questão econômica. “São regiões em que há grande transporte de riqueza”, afirma Alexandre Castilho, do departamento de comunicação da PRF. Dionísio diz que um dos maiores problemas no enfrentamento do problema da exploração sexual de crianças e adolescentes é a falta de colaboração da sociedade. Segundo ele, o desinteresse, a desinformação e até a cultura ajudam a manter uma situação de exploração. Para a polícia, a melhor forma de combater o crime é aumentar a presença do Estado nos locais onde ele acontece. Os dados fazem parte da quarta edição do Mapeamento de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais 2009/2010, uma parceria da Polícia Rodoviária Federal com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência, a Organização Internacional do Trabalho, e a Childhood Brasil. O mapeamento também mostrou que a exploração sexual de crianças e adolescentes está quase sempre associada a outras práticas criminosas, como furto e venda e consumo de drogas. Além do mapeamento, foi feita uma classificação de níveis de risco em cada ponto do país. Dos 1.820 locais, 924 são considerados críticos e 478 avaliados como de alto risco. Além da Bahia, o Paraná aparece em segundo lugar com 113 pontos críticos nas estradas, seguido por Rio Grande do Sul com 75, Minas Gerais com 66. População denuncia práticA – Três adolescentes, com idades entre 15 e 16 anos, foram encontradas pela PRF às margens da BR-367, pedindo carona, na cidade de Eunápolis. Em depoimento, elas afirmaram que vinham de Itabuna e que queriam chegar a Porto Seguro. Quando os agentes chegaram, elas eram abordadas por um homem de 64 anos. As garotas foram levadas ao Conselho Tutelar de Eunápolis, e o homem, para a polícia judiciária. (Tatiana Ribeiro)
Como uma das minhas profissões é pedagoga e leciono numa escola perto do pelourinho, vejo e convivo diariamente com crianças e jovens que passam por essa situação e, me vejo de mãos atadas para fazer alguma coisa... contribuo com o que posso mas, sempre me frutro por não poder fazer muito. Como está perto do "dia das crianças", fico a pensar nessas crianças que NÃO TEM NADA PARA COMEMORAR!! Muito triste...
ResponderExcluirNão podemos mais nos calar ao ver tanta coisa nesse país ficar impune. Só quem conhece e convive diariamente com algumas dessas crianças é que sabe o que elas sofrem. É muito triste!!! Por isso, precisamos gritar aos quatros cantos que ISSO TEM QUE MUDAR, A PROSTITUIÇÃO INFANTIL ESTÁ ACABANDO COM O FUTURO E O SONHO DE MUITAS CRIANÇAS!!!!
ResponderExcluirACORDA BRASIL!!!!
É triste ver como crianças se transformam em produtos sexuais. Penso que campanhas contra qualquer tipo de prostituição é inútil. Ao meu ver, a solução possível é a Educação. Consciência social se adquire na escola.
ResponderExcluirAs campanhas do governo contra a prostituição infantil não passam de simples simbologia. Tais campanhas não trazem no seu âmago perspectivas de mudanças, ou seja, de uma vida digna para crianças e adolescentes que vivem submersos num mundo de qualidade tão ruim.
ResponderExcluirA situação é bem mais grave do que se possa imaginar e pode ser classificada como uma TRAGÉDIA SOCIAL.
ResponderExcluirUm fato é incontestável, nossos jovens tornaram-se reféns de verdadeiros criminosos e não existem soluções governamentais imediatas para resolver essa situação.
ResponderExcluirNão podemos aceitar que nosso país seja conhecido lá fora como o “prostíbulo” do ocidente, já que sabemos da grandiosidade e capacidade de luta do nosso povo.
ResponderExcluirÉ uma grande vergonha,mas é a mais pura verdade. A exploração sexual aqui é abertamente,todos sabem,mas nada faz.Infelizmente as autoridades parecem não se importarem muito com o que acontece com essas pobres coitadas, que vão a procura de dinheiro fácil.
ResponderExcluirIsso tudo é por causa do dinheiro fácil , e muitas vezes tem o apoio dos pais, muito triste...
ResponderExcluirVegonhoso, Vegonhoso, Vegonhoso!!!
ResponderExcluirEsta é a bahia com "b" minúsculo! Cadê o conselho tutelar, cadê as autoridades ? Isto é uma vergonha...
ResponderExcluirTriste, lamentável e vergonhoso.
ResponderExcluirA prevenção deve partir dos pais. São eles os responsáveis pelos seus filhos. Infelizmente, o tipo de educação que a jovem recebe é nula. Os pais só tomam conhecimento, quando já é tarde demais...Até parece que antes de serem pais, os próprios pais deveriam ser educados.
ResponderExcluirO que causa a prostituição infantil é o descuido dos pais e da falta de educação que as adolescentes não recebem. A pobreza, a miséria são as grandes vilãs no caso de prostituição infantil. A menina se vende por ninharia, mas essa ninharia ela não tem em casa, portanto, aceita vinte reais e até mesmo um brinquedo em troca de uma transa. Aliado a isso, a falta de pudor de determinados homens que para conseguir suprir os seus desejos bestiais, se esquecem que essas meninas deixaram de ser criança, há pouco tempo.
ResponderExcluirO que será da nossa civilização se adultos estão corrompendo, traumatizando e destruindo aqueles que amanhã serão os atuantes da nossa sociedade?
ResponderExcluirCrianças com nove, dez anos, trocam um momento de sexo por um prato de comida, ou um dinheiro miserável que esses exploradores fornecem. Meninas que trabalham de três a quatro horas, com mais de cinco parceiros por dia, sendo expostas a qualquer tipo de doenças sexualmente transmissíveis, entre elas, a AIDS.
ResponderExcluirMuito triste, mas é a realidade...