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8 de maio de 2010

ITAPETINGA: PRESOS MATAM ACUSADO DE ESTUPRO

Nenhum dos 11 detentos que dividiam a cela com Vandenilson Pereira Santos, 32 anos, acusado de estupro, assumiu a culpa pelos espancamentos que causaram a sua morte na carceragem do Complexo Policial de Itapetinga, a 560 km de Salvador, na noite de sexta-feira/7. Além de cortes pelo corpo, a vítima, que estava presa há menos de 24 horas, teve fraturas múltiplas nas costelas. Os outros presos que escutaram gritos disseram aos policiais que, desde a chegada, Santos passou a sofrer ameaças de morte por parte dos colegas de cela, assim que souberam da acusação contra Valdenilson. Logo na manhã de sexta-feira, os presos demonstravam inquietação e muitos já haviam espancado a vítima. As agressões se seguiram durante o dia e só cessaram no começo da noite, quando Santos caiu desfalecido. Funcionário de uma autarquia e estudante secundarista, o jovem morreu em consequência de cortes provocados por objeto ainda não identificado, hemorragia interna e perfurações nos órgãos genitais. A prisão do acusado ocorreu após apresentação de queixa por parte de uma mulher de 22 anos, que acionou a Polícia Militar por volta das 23 horas de quinta. Segundo a suposta vítima de estupro, ela estava na Avenida Flamengo, Bairro Primavera, quando foi agarrada pelo pescoço por Valdenilson. Ainda em relato aos policiais, afirmou que o suposto agressor levou-o para um beco nas proximidades da Avenida e praticou o estupro. No boletim de ocorrência, a mulher sustenta que foi forçada a manter relações sexuais com o rapaz. “Após ser estuprada, eu fugi e saí gritando pelas ruas”, relatou. Alertados pelos gritos, os moradores também acionaram a polícia. O rapaz foi preso meia hora depois na Rua Hélio Costa, bairro Clodoaldo Costa, e conduzido ao Complexo Policial de Itapetinga, onde permaneceu custodiado até ser morto. A versão apresentada pela mulher chegou a ser contestada por testemunhas. Alguns afirmaram aos policiais que o ato teve o consentimento da acusada, porém a mesma teria se irritado porque o rapaz recusou-se a pagar um determinado valor a ela. “Ela, para se vingar, chamou a polícia”, depôs uma testemunha. O caso está sendo apurado pelo delegado, Leonardo Rabelo. Segundo ele, a autoria do crime de morte já está definida. Rabelo não descarta intimar a acusadora para prestar depoimento na próxima semana, assim como apurar eventual omissão de socorro dos policiais plantonistas no dia do homicídio. (Juscelino Souza).

3 comentários:

  1. Esse é o verdadeiro “X” da questão, enquanto ficarmos de braços cruzados observando os impactos negativos causados pelos maus governantes, com certeza situações como essa serão constantes em nossas vidas. Precisamos de convicção na escolha de quem nos representará no Município, no Estado e na União.

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  2. Que pena! Tanta gente impune por crimes piores. Um rapaz novo morre, sem direito a defesa.

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  3. Minha pergunta é so uma! ha onde estavam os cacereiros? ninguem percebeu tudo isso? nao é possivel? que direito tem esses presos de fazer isso quando eles mesmo estao na prisao comprindo uma pena!!! eles tambem devem ser espancados ate a morte? meu deus...

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