Prefeitura Itabuna

Câmara

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27 de abril de 2010

ITABUNA DIANTE DA VIOLÊNCIA DESMEDIDA

Itabuna, campeã brasileira de vulnerabilidade a violência para a juventude. Está na boca do povo. Tudo documentado pelos constantes – e bastante em voga - “rankings” da criminalidade - essa novidade tão mórbida quanto paradoxal: como se não bastante mensurar vidas humanas em números frios, agora é preciso “competir” pelo posto de local mais seguro. Os sentimentos de indignação e impotência crescem vertiginosamente no seio da sociedade itabunense. Soluções e fórmulas mágicas surgem por todos os lados: da “Lei Seca” à “Lei do Silêncio”; do Mutirão Contra a Violência à construção de mais cadeias públicas. É a velha e reconfortante fantasia de que todos os grandes problemas que assolam Itabuna podem ser resolvidos apenas com uma canetada. A expansão da criminalidade violenta não é um fenômeno exclusivo da sociedade itabunense. Trata-se de um problema complexo e de alcance generalizado. O que subsiste é um acirramento grave em ambientes sociais, como o nosso, já carentes de quase tudo e que se ligam, historicamente, a práticas e valores igualmente violentos e autoritários. Das incivilidades do dia a dia, dos crimes de mando por motivos banais, dos privilégios extraoficiais assegurados aos mais abastados. Quanto sangue inocente e quantas lágrimas já foram derramados, perdidos no silêncio e no anonimato em nossa história! Há de se indignar pelo número absurdo de homicídios cometidos, pela violência sofrida em um assalto, pelo dano causado em furto, pela insegurança generalizada que campeia em nossos dias. O sangue do passado não justifica o sangue do presente, por óbvio. Mas convida à reflexão de que, de uma forma ou de outra, estamos todos implicados nesse grande projeto de vida coletiva que chamamos de “sociedade”. Não do ponto de vista das “causas”, mas na perspectiva de que é preciso mais do que clamar por políticas recrudescedoras ou por uma atuação mais enérgica dos governos para dar conta do grave problema de segurança pública que hoje vivenciamos. A crise que vivemos é apenas o sintoma mais forte e visível de uma sociedade – e não apenas de um Estado - há muito doente e necessitando de cuidados urgentes. E quem procura tratar ferozmente o sintoma sem descobrir ou tratar a doença - como é o caso de propostas recrudescedoras como, por exemplo, a “mutirões da paz” e a “construção de mais cadeias” - certamente permanecerá cada vez mais doente.

5 comentários:

  1. No Brasil o BANDIDO, é uma empresa que dá muitos empregos com altos salários. Veja bem; se as polícias, Militares e Civis, acabarem com o CRIME, como os promotores e juizes vão justificarem os altos salários que recebem?? Como seria a vida dos inúmeros advogados criminalistas. Esse é o grande motivo de tantos direitos nas leis Brasileiras, onde o BANDIDO, usufrui de todas as mordomias... enquanto os chefes de Família, são vítimas sem direitos.

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  2. Se olharmos para os países mais desenvolvidos que o nosso, percebemos que a criminalidade continua firme e forte, mesmo com as autoridades mascarando as estatísticas e minimizando os números.

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  3. A violência de hoje em dia está cada vez maior, em todos os lugares sem exceções.

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  4. A situação chegou a tal ponto que as pessoas se sentem aliviadas quando o prejuízo é apenas material. A sociedade, porém, precisa virar o jogo. Chega de ceder espaço para os criminosos. Medidas contra os bandidos precisam ser adotadas,urgente!!

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  5. Não podemos tentar solucionar esta questão atacando somente o efeito, o que tem de ser combatido é a causa. Por que existe tanta violência e tantos bandidos? Eles por acaso tiveram educacão ou condicões de poderem crescer em um ambiente saudável? O que deveriamos atacar agora são os nossos políticos que roubam milhões que poderiam estar sendo usados na educacão dos mais pobres. Mas precisamos de mobilizacão, não somente reclamar de braços cruzados.

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