Às vésperas do 1° de maio, parte dos trabalhadores do país não tem o que comemorar: cerca de 600 mil pessoas com deficiência não têm acesso às vagas que lhes são garantidas pela Lei de Cotas (artigo 93 da lei 8.213/91), que determina que empresas com cem ou mais funcionários mantenham percentual entre 2% e 5% de pessoas com deficiência entre seu quadro de pessoal. Com isso, perdem as pessoas com deficiência que não têm seu direito respeitado e perde o conjunto da sociedade, que não só não convive com a diferença, mas também não usufrui os recursos que poderiam ser injetados na economia devido à entrada de mais assalariados. Uma conta baseada na média dos salários pagos às pessoas com deficiência hoje empregadas mostra que ao ano R$ 15,6 bilhões deixam de ser pagos às pessoas com deficiência excluídas do mercado de trabalho. O cálculo é feito com base nos dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2008, dado mais atualizado disponível, o que indica que os números devem ser ainda maiores atualmente. O problema poderia ser corrigido se empresas e poder público fizessem sua parte. Cabe ao Ministério do Trabalho multar as empresas que não cumprem a lei. O valor varia entre R$ 1.410,79 e R$ 141.077,93. O Ministério Público também tem papel fiscalizador, mas falta exercer tal papel para corrigir a postura de empresas que não exercem de fato a responsabilidade social. Trata-se, portanto, de questão de interesse público. “Se a lei for cumprida, milhares de pessoas terão respeitadas sua cidadania, como prevê recente Convenção da ONU sobre direitos das pessoas com deficiência, que, embora ratificada pelo Brasil, não está sendo colocada em prática no mundo do trabalho”, afirma o coordenador do Espaço da Cidadania em SP, Carlos Aparício Clemente. (Ângela Góes).
Val Cabral
ResponderExcluirEu estou tendo uma grande dificuldade de conseguir uma recolocação, detalhe tenho (muita experiencia)um bom curriculo e as empresas querem colocar os deficientes para trabalhar em cargos de baixa reminueração...
Jorginho
Grande Val Cabral,
ResponderExcluirCom muita alegria parabenizo a senhora Ângela Góes por estar contribuindo com sua intelig~encia e engajamento de causa, em favor das pessoas mais necessitadas e esquecidas por nossos governantes e com muita tristeza eu digo: O Brasil está ficando cada dia mais
triste sob o patrocínio dessa esquerda herbívora!!
Edmilson Soares de Souza
Olá Val Cabral, se a memória não me engana, em um livro de memórias, um grande estadista brasileiro afirma que, naquele tempo (século XIX), havia maior amizade e respeito mútuo entre um escravo e seu amo fazendeiro do que entre um operário e o dono da fábrica onde ele trabalhava.
ResponderExcluirOtávio Ventura de Melo
Essa cidadã especializou-se em tentar transformar em retardados todos aqueles que vão de encontro a sua ideologia.
ResponderExcluirO principal alvo são os “de esquerda”. Esperta, defende tudo o que é politicamente correto ou “de direita”. Escrever o que as pessoas certas querem ler é uma boa tática para ganhar prestígio e crescer na sociedade. Conheço bem esse tipo.
Paulo Seboso
Parabéns Ângela... faz bem ler textos que tentam ir fundo na interpretação dos fatos. Sem medo da patrulha, sem hipocrisia. Com sensibilidade e respeito aos segmentos envolvidos, ou seja, com ética e princípios. Faz bem.
ResponderExcluirOrlando Pereira
Nota 10 pela dissecação.
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