A morte do dissidente cubano Orlando Zapata, na semana passada, após uma greve de fome de 85 dias, elevou o tom das críticas internacionais contra o regime de Raúl Castro. Segundo a Organização Não-Governamental Human Rights Watch, que monitora o estado dos direitos humanos no mundo, protestos como o do ativista são motivados pelas condições subumanas dos presídios cubanos. Celas superlotadas, condições higiênicas subumanas, água e alimentos insuficientes e o tratamento igual dado tanto a criminosos quanto a presos políticos são aspectos que fazem com que o sistema carcerário de Cuba esteja abaixo dos padrões mínimos internacionais e mantenha seus prisioneiros em circunstâncias subumanas, disse o pesquisador para o setor das Américas da Human Rights Watch, Nik Steinberg, em entrevista ao estadao.com.br. De acordo com Steinberg, a greve de fome é a única forma de os prisioneiros políticos de Cuba chamar a atenção para o tratamento que recebem. “O sistema carcerário cubano é falho no que diz respeito ao espaço para os presos de consciência protestarem. As autoridades não se manifestam sobre os abusos que são reportados e só com medidas drásticas conseguem ser ouvidos”, explica o pesquisador. “Prisioneiros que criticam o governo e são classificados como contrarrevolucionários sofrem conseqüências que danam sua saúde física e psicológica. Ficam longos períodos em celas de isolamento e a eles são negadas visitas e tratamento médico”, acrescenta o membro da HRW. Zapata foi o primeiro prisioneiro político morto em Cuba desde 1972. Na quarta-feira, um outro dissidente, Guillermo Fariñas, foi hospitalizado também por fazer greve de fome em sua casa. Depois da morte de Zapata, outra organização de direitos humanos, a Anistia Internacional, divulgou um relatório criticando a situação dos direitos humanos em Cuba e pediu que fosse realizada uma investigação. O documento gerou uma onda de pedidos da comunidade internacional para que o governo da ilha libertasse seus presos políticos, que, segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), órgão ligado à oposição, são cerca de 200. De acordo com a Anistia Internacional, em fins de 2008, o regime castrista mantinha 58 prisioneiros políticos na ilha. Cuba permanece como um dos únicos países latino-americanos a reprimir praticamente toda a atividade dissidente, diz Steinberg. A Constituição cubana, de acordo com o artigo 62, proíbe explicitamente qualquer ação contra “os objetivos do Estado socialista”. “A legislação dá poderes ao Estado de criminalizar virtualmente qualquer forma de oposição”, conclui o pesquisador. Na terça-feira, o ex-presidente cubano Fidel Castro disse em um artigo publicado na imprensa oficial cubana que nunca mandou matar ou torturar um inimigo político e defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva , que visitava o país na ocasião das críticas por não condenar o regime de direitos humanos em Cuba. “Lula sabe que em nosso país nunca se torturou ninguém, nunca se mandou matar um adversário e nunca se mentiu ao povo”, escreveu o ex-presidente. Também nesta semana, a televisão estatal cubana exibiu uma reportagem na qual acusa a ‘contrarrevolução’ de organizar uma campanha de difamação para ocultar atendimento médico que Zapata teria recebido.
CUBA é deprimente: mora-se, come-se, vive-se MAL, nas ruas só se vê sucatas. Frente a covardia e a desumanidade de uma única família totalmente insana, que se consideram "deuses'" e se acharem no Direito de escravizar toda uma população de maneira tão DEGRADANTE !
ResponderExcluirPor que em Cuba os Castros são imperadores por 50 anos, contra a vontade do povo? Por que ninguém pode sair de lá? Não seria para não dizer a verdade sobre o país? Afinal, comunista não diz sempre que o povo é quem manda?
ResponderExcluirVenho falando faz tempo, quando toco no assunto todo mundo se manda ou tenta mudar o rumo da conversa, falo isso porque vivi aqueles dias meses e anos de anarquia comandada por brizola e o os comunistas sob o comando logístico do terrorista assassino guevara, foi ruim sim , ditadura nenhuma presta, só que a de 64 foi como uma quimioterapia, senão o cancer tomava conta do corpo todo, eu concordaria com todas as críticas que esses cínicos fazem ao movimento de 64 se nenhum deles andassem aos afagos com kadafi, fidel castro e dando boa vida a terroristas até de outros países (batisti e os das farc) e também se eles nos períodos de esílio fossem com suas famílias para esses paraisos comunistas, nenhum deles fizeram isso, ao invés disso foram todos para os chamados "PAÍSE DO CAPITALISMO SELVÁGEM", e hoje com a cara mais cínica esnobam os diplomas de faculdades dos EUA, REINO UNIDO, FRANÇA e por aí vai, ninguém apareceu com um diplominha sequer russo ou cubano.
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