O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, estimou nesta sexta-feira que a Guerra do Iraque custou cerca de 8 bilhões de libras (R$ 21,5 bilhões) para o governo britânico e negou que, então ministro das Finanças, tenha cortado verbas dos militares que lutavam no país. Em depoimento ao inquérito do Parlamento britânico sobre a participação do país na Guerra do Iraque, Brown disse que os efeitos da missão no Iraque na economia "foram muito menores, por exemplo, dos efeitos da crise financeira global". "Eu acho que nós conseguimos cumprir as exigências do Iraque e do Afeganistão sem ter que cortar outros serviços", disse. Brown contestou ainda a pergunta da comissão sobre as supostas restrições econômicas que teria feito às Forças Armadas seis meses após o início do conflito. Ele disse que não poupou despesas para poder lançar uma campanha militar efetiva contra o regime de Saddam Hussein na operação britânica no Iraque. O primeiro-ministro lembrou que em junho de 2002 teve conversas com o então ministro da Defesa, Geoff Hoon, para tratar dos preparativos de uma possível intervenção militar. "Comuniquei ao primeiro-ministro [Tony Blair, na época] --que não haveria restrições econômicas para as Forças Armadas (...) Disse que não descartaria uma estratégia militar por causa de custos", disse Brown, acrescentando que "algumas opções militares eram mais caras que outras". Nos últimos meses, a imprensa britânica publicou documentos que mostram que Brown teria bloqueado várias verbas para o envio adicional de helicópteros a Iraque e Afeganistão, o que suposta mente deixou as tropas britânicas em situação de risco e colaborou para o grande número de militares britânicos mortos no país asiático. As informações foram ratificadas pelo próprio Hoon, inimigo político de Brown dentro do Partido Trabalhista, que disse perante a comissão que o atual primeiro-ministro cortou fundos vitais para o Exército nos anos anteriores ao conflito e que voltou a fazê-lo imediatamente depois da invasão.
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