GEDDEL DIZ QUE QUATRO ANOS SÃO SUFICIENTES PARA FAZER UM BOM GOVERNO

Em seu comentário semanal na Rádio Metrópole, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, criticou o grupo político do atual governo do estado por tentar passar para a população a idéia de que “quatro anos de mandato é muito pouco para se fazer um bom governo, para fazer as coisas acontecerem”. “Também já ouvi esse mesmo grupo falar em herança maldita, numa tentativa de justificar obras que nunca saem do papel e problemas que nunca foram resolvidos”, disse Geddel. Para o ministro, isso faz com que o povo baiano “esteja agora a ver esse corre-corre no último ano de gestão, ano eleitoral, com o governo tentando recuperar os três anos p erdidos e achando que, à custa de muita propaganda, vai convencer a população de que as coisas estão caminhando e que esses três anos não foram jogados fora”. O ministro da Integração Nacional disse que pensa de forma diferente do governo estadual e acredita que quatro anos é tempo suficiente para “um gestor público ágil, decidido e trabalhador fazer um bom governo”. Ele observou que no mundo democrático a maioria dos mandatos é de quatro anos, acrescentando que “se assim foi instituído é porque esse é considerado um tempo adequado para um governante fazer o seu trabalho”. Geddel disse que no Ministério da Integração Nacional, que comanda há três anos, nunca viveu se “queixando de herança maldita, nem de obras interrompidas, nem de projetos que não conseguiam vencer a burocracia do estado ou de ações emperradas pelos governos estaduais”. O ministro disse que não perdeu tempo com desculpas e começou a trabalhar logo que assumiu o cargo : “No primeiro ano como ministro, consegui retomar obras que estavam inacabadas e paralisadas há vários anos, como os importantes projetos de irrigação Baixio de Irecê e Salitre, aqui na Bahia”. Geddel lembrou que foi também nos dois primeiros meses da sua gestão como ministro que o presidente Lula assinou a ordem de serviço para iniciar as obras do projeto de transposição das águas do rio São Francisco: “As obras começaram logo, acelerando a revitalização do rio. O que vivia pelas gavetas governamentais se transformou em realidade, com centenas de máquinas e milhares de homens trabalhando”. Para o ministro da Integração Nacional, o Projeto São Francisco é o melhor exemplo de que uma grande obra, “independentemente da herança recebida”, pode ser executada ou avançar significativamente em um período de governo: “Não faria sentido, por exemplo, se eu tivesse ficado dois anos parado ou perdido em reuniões intermináveis e só começasse a trabalhar de verdade no último ano, quando a eleição está perto”. Ao falar sobre o Projeto São Francisco, o ministro Geddel Vieira Lima observou que se trata de não apenas de um conjunto de 600 quilômetros de canais, túneis e aquedutos, hidrelétricas e adutoras: “É muito mais do que uma grande obra de engenharia. Abriga várias outras ações de porte e alcance social, como obras de saneamento básico em mais de 100 cidades situadas nos cinco estados banhados pela bacia do São Francisco, das quais 50 somente na Bahia”. Após falar de outras obras e ações do Ministério da Integração Nacional, Geddel finalizou seu comentário afirmando que “nenhum governante tem motivo para dizer que quatro anos é pouco e precisa de mais quatro para governar”, acrescentando que “só deveriam ser reeleitos os governantes que fizeram muito pelo seu povo nos primeiros quatro anos, como aconteceu com o presidente Lula em 2006, mas que não é o caso da Bahia agora em 2 010″.