Houve tempo – e certamente um tempo menos apressado e estressado que os dias de hoje -, em que pais e filhos reuniam-se, religiosamente, pelo menos três vezes ao dia, em torno da mesa de refeições. Enquanto degustavam os alimentos, os mais variados assuntos eram colocados em dia, idéias eram trocadas, enfim, era o momento mais conveniente para o estreitamento dos laços familiares. Era quando os pais podiam se inteirar do andamento dos filhos na escola, ou dos seus relacionamentos, das festas que freqüentavam nos clubes sociais da cidade ou mesmo em casa de amigos. Esse costume saudável parece estar se perdendo cada vez mais. Saud ável, sim, pois mesmo quando havia embates, discussões e até disputas políticas e o pai tinha, evidentemente a palavra final sobre qualquer assunto, tratava-se ali, se o pai não fosse por demais intolerante, de um espaço bem democrático, onde as mais variadas trocas de opiniões podiam se processar, apesar dos antagonismos naturais que existem e existirão sempre entre as gerações. E onde os adolescentes, esses seres em trânsito entre a infância e a juventude, tão confusos por natureza, alvos que são das descargas hormonais próprias dessa etapa da vida, podiam, muitas vezes, aclarar as idéias a respeito de uma infinita gama de questões relacionadas à vida em sociedade. E o que vemos hoje? Pais que as mais das vezes não almoçam em casa, pois o deslocamento entre casa e trabalho vai se tornando cada vez mais difícil em virtude das distâncias e do trânsito complicado; filhos que, cheios de atividades, tais como escola, aulas de inglês, natação, psicólo gos, engolem um sanduíche com refrigerante entre uma atividade e outra e só voltam para casa à noite, trancando-se em seus quartos para jogar videogame ou navegar na internet. Vão-se perdendo, assim, as melhores oportunidades de diálogo entre pais e filhos, que poderia se dar, justamente, naquela hora em que todos se reúnem em torno da mesa para as refeições, espaço esse que vai sendo substituído pela conversa com amigos da mesma idade – e com as mesmas dúvidas e dilemas –, pela consulta aos professores, quando existe abertura para isso, ou simplesmente pelo acesso à internet. E a função primordial dos pais, que é a de orientar os filhos para a vida, tirar-lhes as dúvidas sobre os mais variados problemas ou mesmo encorajá-los a vencer os obstáculos que se colocam à sua frente, essa nobre função reduz-se ao provimento puro e simples das necessidades materiais dos filhos e da família.
Os filhos querem encontrar um pai e uma mãe em que se possa ter como exemplo para a vida toda, e não um casal onde seja visível a falta de amor, compreensão e respeito mútuo.
ResponderExcluirEles querem encontrar em casa o seu porto seguro.
O que falta na família é o mesmo que falta na humanidade; amor, respeito, responsabilidade para com o outro. Acredito que somos todos uma grande família, infelizmente desunida, mas, como todos estamos em busca do equilíbrio e da luz, talvez não tenhamos a família como a de antigamente, mas no futuro teremos uma família melhor constituída baseada na harmonia e na consciência de que, no fundo, somos todos UM!
ResponderExcluirA Família não nasce pronta; constrói-se aos poucos, e é o melhor laboratório do amor. Em casa, entre pais e filhos, pode-se aprender a amar, pode-se experimentar com profundidade a grande aventura de amar sem medo. A família pode ser o ambiente mais apropriado para uma maravilhosa experiência de amor.
ResponderExcluirUm jovem, que vê nos pais um exemplo a ser seguido, encontra outras pessoas e, naturalmente, dá um bonito testemunho de amor, assim quem aprende a respeitar o semelhante, NÃO MATA, NÃO ESTUPRA e nem comete VIOLÊNCIA CONTRA O PRÓXIMO.
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