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23 de janeiro de 2010

HOMENAGEM PÓSTUMA A ZILDA DO BRASIL

O país inteiro manifestou pesar pela morte da pediatra, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, no desastre que foi o terremoto que destruiu o Haiti, o mais grave dos últimos 200 anos. O impacto equivale a 30 bombas atômicas e o número de mortos deve passar dos 100 mil, além um milhão de desabrigados. Zilda Arns, irmã do cardeal paulista D. Paulo Evaristo Arns é uma das personalidades mais importantes do Brasil, tem uma estatura moral equivalente a madre Tereza de Calcutá e Irmã Dulce. Em um de seus últimos depoimentos ela declarou que “como os pássaros que cuidam dos seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores, longe dos predadores e perigos e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promovendo o respeito a seus direitos”. Doando o bem precioso que um ser humano pode doar nesta Terra - tempo e amor, com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, Zilda Arns fundou há 26 anos a Pastoral da Criança, com atuação em 4 mil municípios, com 300 mil voluntários e capacidade de atendimento para 2 milhões de crianças e gestantes. Este trabalho sério e eficiente, fundamentado no soro caseiro e na multimistura e no aleitamento materno, tem 70% de suas despesas financiadas pelo Governo Federal e 30% por grandes empresas privadas como HSBC, Gol, Gerdau e Nestlé, que em 2009 reduziram os valores por causa da crise financeira internacional. Zilda Arns foi uma mulher exemplar, uma bússola para a humanidade. O Haiti é um dos mais miseráveis países do planeta fincado na América, com renda per capita de US$ 1.300, enquanto a do brasileiro é de 10.000. Se é grande o nível de corrupção do Brasil, no Haiti a proporção é muito maior, onde uma família – DOC - impôs uma ditadura que durante décadas, destruiu a educação e implantou a cultura de corrupção, elevando a miséria a níveis bem piores que o Brasil. O terremoto despertou imediatamente a solidariedade dos governos e de pessoas ricas que fazem chegar ao país milhões de dólares todos os dias. Mas chegam para quem? O que estava fazendo no Haiti Zilda Arns, 75 anos de idade e uma vida inteira dedicada aos milhões de mães e crianças pobres do Brasil? Segundo o deputado federal Luis Bassuma (PV), se o governo Lula quiser realmente fazer uma homenagem póstuma a esta verdadeira cristã brasileira, deveria retirar a vergonhosa recomendação pela legalização do aborto no Brasil do 3° Programa Nacional de Direitos Humanos. “Quantos Haitis ainda serão necessários para despertar definitivamente a solidariedade humana que não pode se resumir apenas a preencher um cheque em momentos de calamidade”, questiona o deputado e pré-candidato do Partido Verde ao governo da Bahia em 2010.

4 comentários:

  1. Zilda Arns era uma mulher extraordinária. Movida pela fé cristã, conhecedora do espírito de solidariedade do nosso povo, simbolizava como ninguém o trabalho da Pastoral da Criança.

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  2. Que bom que temos grandes exemplos de bondade, caridade, simplicidades, onde a ganância a inveja o ódio a brutalidade fazem parte do dia a dia.
    São pessoas que esqueçeram e esqueçem suas dores para viver a dor do próximo.
    Tenho certeza que Dra. Zilda foi recebida no Mundo Maior por um Coral de Vozes Angelical Infantil, felizes por reencontrá-la.

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  3. Com certeza ela não foi a única.
    Mas vale a homenagem em nome de todos aqueles que dedicam a vida a minimizar o sofrimento alheio e a elevar o espirito humano e que muitas vezes pagam com a vida por esta dedicação.

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  4. Grande perda para o mundo!
    Lutou por aquilo que acreiditou e viveu uma vida a ser copiada!

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