O país inteiro manifestou pesar pela morte da pediatra, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, no desastre que foi o terremoto que destruiu o Haiti, o mais grave dos últimos 200 anos. O impacto equivale a 30 bombas atômicas e o número de mortos deve passar dos 100 mil, além um milhão de desabrigados. Zilda Arns, irmã do cardeal paulista D. Paulo Evaristo Arns é uma das personalidades mais importantes do Brasil, tem uma estatura moral equivalente a madre Tereza de Calcutá e Irmã Dulce. Em um de seus últimos depoimentos ela declarou que “como os pássaros que cuidam dos seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores, longe dos predadores e perigos e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promovendo o respeito a seus direitos”. Doando o bem precioso que um ser humano pode doar nesta Terra - tempo e amor, com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, Zilda Arns fundou há 26 anos a Pastoral da Criança, com atuação em 4 mil municípios, com 300 mil voluntários e capacidade de atendimento para 2 milhões de crianças e gestantes. Este trabalho sério e eficiente, fundamentado no soro caseiro e na multimistura e no aleitamento materno, tem 70% de suas despesas financiadas pelo Governo Federal e 30% por grandes empresas privadas como HSBC, Gol, Gerdau e Nestlé, que em 2009 reduziram os valores por causa da crise financeira internacional. Zilda Arns foi uma mulher exemplar, uma bússola para a humanidade. O Haiti é um dos mais miseráveis países do planeta fincado na América, com renda per capita de US$ 1.300, enquanto a do brasileiro é de 10.000. Se é grande o nível de corrupção do Brasil, no Haiti a proporção é muito maior, onde uma família – DOC - impôs uma ditadura que durante décadas, destruiu a educação e implantou a cultura de corrupção, elevando a miséria a níveis bem piores que o Brasil. O terremoto despertou imediatamente a solidariedade dos governos e de pessoas ricas que fazem chegar ao país milhões de dólares todos os dias. Mas chegam para quem? O que estava fazendo no Haiti Zilda Arns, 75 anos de idade e uma vida inteira dedicada aos milhões de mães e crianças pobres do Brasil? Segundo o deputado federal Luis Bassuma (PV), se o governo Lula quiser realmente fazer uma homenagem póstuma a esta verdadeira cristã brasileira, deveria retirar a vergonhosa recomendação pela legalização do aborto no Brasil do 3° Programa Nacional de Direitos Humanos. “Quantos Haitis ainda serão necessários para despertar definitivamente a solidariedade humana que não pode se resumir apenas a preencher um cheque em momentos de calamidade”, questiona o deputado e pré-candidato do Partido Verde ao governo da Bahia em 2010.
Zilda Arns era uma mulher extraordinária. Movida pela fé cristã, conhecedora do espírito de solidariedade do nosso povo, simbolizava como ninguém o trabalho da Pastoral da Criança.
ResponderExcluirQue bom que temos grandes exemplos de bondade, caridade, simplicidades, onde a ganância a inveja o ódio a brutalidade fazem parte do dia a dia.
ResponderExcluirSão pessoas que esqueçeram e esqueçem suas dores para viver a dor do próximo.
Tenho certeza que Dra. Zilda foi recebida no Mundo Maior por um Coral de Vozes Angelical Infantil, felizes por reencontrá-la.
Com certeza ela não foi a única.
ResponderExcluirMas vale a homenagem em nome de todos aqueles que dedicam a vida a minimizar o sofrimento alheio e a elevar o espirito humano e que muitas vezes pagam com a vida por esta dedicação.
Grande perda para o mundo!
ResponderExcluirLutou por aquilo que acreiditou e viveu uma vida a ser copiada!