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26 de janeiro de 2010

BRASIL PERDE ÚNICO MESATENISTA MEDALHISTA DOS JOGOS PARAOLÍMPICOS

O para-atleta Luiz Algacir, único medalhista brasileiro do tênis de mesa em Jogos Paraolímpicos, que estava internado desde julho de 2009 para tratamento de um câncer, faleceu às 6h30 do último sábado, aos 36 anos de idade. A medalha de prata conquistada nas Paraolimpíadas de Pequim, em 2008, foi seu maior feito na carreira. Luiz Algacir foi o primeiro brasileiro a alcançar o pódio no tênis de mesa paraolímpico. “Ele foi o maior atleta brasileiro do tênis de mesa”, garante Benedito Rodrigues de Oliveira, o Benê, técnico de Algacir. “Recebemos consternados a notícia sobre o falecimento do atleta Luiz Algacir, um dos mais queridos no movimento paraolímpico”, lamentou Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). “Ele foi um dos atletas de maior relevância no cenário nacional, teve uma carreira incrível, que culminou com a medalha de prata em Pequim. Além de um grande atleta era uma grande pessoa. Nossa condolências à família. O CPB se põe à disposição”, completou Parsons. PARALISIA: Luiz era extremamente querido pelos amigos e companheiros de esporte. O tênis de mesa era a paixão deste curitibano que perdeu os movimentos das pernas aos 15 anos, após cair de uma árvore em Foz do Iguaçu. O esporte entrou na sua vida aos 18 anos. Mas antes jogava basquete e tênis. Foi a amiga e também atleta Maria Luiza Passos que o convenceu a ir para o tênis de mesa. O encanto foi tanto que o sonho dele era ensinar a modalidade para crianças depois que abandonasse as competições. “Quero encerrar a carreira realizado, depois de alcançar todos os meus objetivos. Mas não vou conseguir ficar longe do esporte, por isso pretendo ser técnico de criança”, planejava, antes das Paraolimpíadas de Pequim. CARREIRA: Além da medalha de prata paraolímpica, o atleta paranaense tinha dois ouros parapanamericanos, conquistados em 2007, no Rio de Janeiro, um individual e outro em equipe. Luiz Algacir também foi eleito duas vezes consecutivas o melhor jogador cadeirante das Américas: em 2001 e 2002. “Ele foi a pessoa mais fantástica com quem eu já trabalhei. Ele sabia ouvir, sabia aplicar a técnica e sabia treinar forte”, recorda Benê. Luiz Algacir foi enterrado ontem, no Cemitério do Boqueirão. (Ângela Góes).

2 comentários:

  1. Muito triste esta notícia.
    O Brasil já carece tanto de boas alternativas nos esportes e as nossas melhores acabam sendo vítimas do destino.
    O Luiz merece um bom lugar no reino de Deus.
    Gutemberg Matos

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  2. Muita tristeza para os paradesportistas brasileiros, essa perda ... Mas acreditamos numa outra vida após essa.. e nos conforta. Aproveitamos o momento que se fala em Olimpiada e algo que nos incomoda sobre a uma diferença básica, entre Olimpíadas e Paraolimpíadas que é
    a cobertura. Enquanto os Jogos Olímpicos são divulgados à exaustão, os Jogos Paraolímpicos ficam relegados a uma ínfima cobertura jornalística, não existem favoritosao podium, nem mesmo depósito de confiança e esperança nas atividades esportivas desses atletas. Aqueles que conseguem uma imagem positiva na mídia, devido as suas vitórias, são tidos como símbolos de superação.
    A sociedade continua sem (in)formação para acreditar nas potencialidades dessas
    pessoas. A diferenciação que os meios de comunicação fazem entre as Olimpíadas e as
    Paraolimpíadas é o maior exemplo de que a mídia, como reflexo da sociedade (ou o inverso), constrói uma realidade para ser consumida pelo público, já que mostrar a
    deficiência só dá “ibope” se for em situações que explicitem o “exótico-humano”. Os atletas paraolímpicos são de alto rendimento e o esporte paraolímpico é eficiente, já a
    cobertura midiática é deficiente.
    Angela

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