Os meios de comunicação têm chamado de ato falho algumas situações em que se envolvem personalidades públicas. Mas, tenho minhas dúvidas. Heloísa Helena, atriz do elenco recifense do meado do século passado, foi protagonista de uma gafe quando, ao fazer uma publicidade, ao vivo na TV, de famoso refrigerante, após terminar, pensando estar o microfone desligado, disse: “Isso, gelado, já é ruim; quente, é uma droga!”. Pode-se imaginar o constrangimento causado por tal destemperança. Não gostava de fato ou disse brincando com colegas de estúdio? Chamar-se isso de ato falho? Técnico de futebo l Felipão, também teve seu dia de infortúnio. Sem saber que microfones estavam abertos às suas costas, mandou o time do Palmeiras bater sem clemência no adversário: “Do pescoço pra baixo é canela!”. Ato falho? Mais recente, Boris Casoy, âncora de TV, saindo sua imagem da tela entrando a de dois garis, vestidos a caráter, disse algo como: “Pode, a última posição na escala social, do alto de suas vassouras, desejar feliz Natal?”. Todos os telespectadores ouviram. Ato falho? Tenho cá minhas dúvidas. O sociólogo e professor da UESC, Selem Rachid Asmar, diz que “atos falhos denunciam desejos que estão em nossa mente, porém ainda não passaram para o plano consciente”. Seria o caso do locutor esportivo Luciano do Valle que, narrando o jogo LDU X Fluminense, saiu-se com essa: “Você acompanha com exclusividade aqui na Globo”. Mas, a sua emissora, no momento, era a Band. Ou da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, que em discurso em Copenhague deix ou dúvidas quanto a sua crença na discussão principal do evento: “O ‘meio ambiente’ é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável e isso significa uma ameaça para o futuro do nosso planeta e dos nossos países”. E vejam que estava lendo. Ou do presidente Lula, falando a catadores de lixo em São Paulo, no subconsciente querendo mais um mandato, disse que iria providenciar as casas prometidas o mais rápido, pois ano que vem “serei rei posto”. Desejos reprimidos? Não podemos deixar de mencionar também, o epiusódio em que o atual secretário de industria e comércio de Itabuna, Carlos Leahy, referiu-se ao então Geraldo S. de Oliveira, pelo nome de Fernando Gomes. Concluindo, o relato sobre um arcebispo que, viajando em avião de pequeno porte, passageiros preocupados, tempo ruim, longe de qualquer lugar para descer, pergunta ao piloto: “Qual a situação real pela qual estamos passando?”. O piloto: “Com certeza, vamos encontrar com Deus”. E o clérigo: “Não me diga uma miséria dessa!”. Só Freud, que nominou o ato falho, e seus seguidores podem explicar.
Aqui em Itabuna existem alguns "profissionais" do rádio e da imprensa escrita, que só serve para machucar mais os nossos ouvidos e visão, de tão sedentos de um bom aprendizado de português. É preciso que se diga ao Alex de Souza e ao Pastor Reginaldo, que temos que pelo menos preservar nossa língua.
ResponderExcluirPaulo Seboso
Claro que todos nós cometemos erros ao falar nosso idioma, nossa cultura coopera para os erros, mas o tal Alex de Souza é muito irritante. Vamos tomar cuidado ok?
ResponderExcluirbjim Val Cabral....
Solange
Eu trabalho na área de telemarketing e disse em uma ligação minha assim " o senhor deseja de eu estar transfirindo a sua ligação" na hora eu morri ...mas depois dessa eu nunca mais falei mas agora estou corrigindo meus amgos.
ResponderExcluirHaroldo Góes
Usar o rádio para falar besteira e errado é sinal de pouco conhecimento e denigre a imagem da pessoa, além de se tornar irritante. Ainda bem que não é este o seu caso amigo Val Cabral.
ResponderExcluirLuiz Cláudio Barreto
Vc pode expressar o que quiser sim, mas de preferência respeitando às regras gramaticais.
ResponderExcluirNunes
Que atire a primeira pedra aquele que nunca cometeu uma gafe, no âmbito pessoal ou profissional.
ResponderExcluirMário Araújo da Silva