Prefeitura Itabuna

Trief

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5 de novembro de 2009

TOLERÂNCIA E BOM SENSO NÃO FAZEM MAL A NINGUÉM!

Me causou espanto como foi tratada e a maneira que virou notícia o caso da garota que foi a uma universidade paulista com um microvestido rosa, mostrando a calcinha e provocando a todos com um rebolado sensual. Primeiro pela forma espalhafatosa da jovem se vestir, segundo a maneira que foi tratada pelos colegas, com palavras de baixo calão num tumulto que parou a universidade. O fato aconteceu no último dia 22, quando a jovem de 20 anos, subia a rampa do campus em São Bernardo e que deixou centenas de alunos alvoroçados, tendo que o coordenador pedir que a moça se retirasse, com o corpo coberto com um jaleco e que a polícia a escoltasse usando spray de pimenta para afastar os colegas ensandecidos. Quando limite e bom senso, aliados ao respeito se esperam somente do outro, instala-se o “incêndio”. Independente de quem era a moça, o momento e a ocasião não eram propícios para o modo que se vestiu e caminhava. Ela, em primeiro lugar, não se deu ao respeito. Ela estava num local público. Questão de bom senso a todos. A não ser que apelou para virar celebridade. Outra situação que chama atenção é a forma que a reação aconteceu. Preocupante: por se tratar de uma universidade, onde circulam pessoas que se julgam mais tolerantes e mais cultas; reagem querendo fazer justiça com as próprias mãos – ou arruaçar para “matar aula”.

12 comentários:

  1. Bom dia meu amigo Val Cabral, este teu texto é maravilhoso e mais oportuno pela lisura na sua imparcialidade.
    Hoje na universidade vou sugerir ele para um debate na sala de filosofia.
    Tenho acompanhado seu blog e percebo muito facilmente, sua capacidade de passear com as palavras, em enredos acirrados e sisudos, com vc recorrendo as situações mirabolantes e ao mesmo tempo tratando de questões engraçadas, com a seriedade que requer a tentativa de se formar um conceito.
    Esta habilidade é características dos bons comunicadores e formadores de opinião.
    Parabenizo vc por isso.
    José Henrique Lima

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  2. UNIBAN... achei que era um hospital psiquiatrico... ou presídio, mas estranhei homens e mulheres juntos...
    Profº Cláudio

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  3. Eu estudei numa faculdade...
    se quisesse essa moça poderia assistir a aula pelada (pra minha alegria), pois controlamos nossos instintos e vemos na pessoa antes o ser humano... tinha uma aluna que vinha com uma saia mais curta ainda, ela sentava do meu lado dela e a gente conversava
    mas aqui em Salvador as mulheres são bem resolvidas e os homens gostam de mulheres e sabemos aprecia-las, pois são as flores que geram a vida, são seres divinos..... poderiamos chamar a segurança... mas nunca usar de violencia, mesmo só pra manter a tradição.... somos evoluidos o suficiente para podermos ficar nus se quizessemos... mas gosto de roupas porque nos protegem e são meios de arte e expressão...
    a vida precisa de tempero... mas o alimento reside na essência que nos sustenta!
    Alberto Soares

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  4. Val Cabral
    Achei normal a roupa dela e ainda não acredito nesse absurdo e esse pessoal deveria procurar ajudar pessoa que hoje não tem o que comer por não terem oportunidade na vida e nem de ter uma educação para ter uma vida digna e fazer essa maniestação contra pessoas que comete crime bárbaros e estão solto, exemplo de um crime bárbaro que era pra ter essa reação o caso dos presos torturados em Santa Catarina, era pra todo mundo invadir e matar os policiais torturadores, apesar que isso é caso de Justiça, mas se chegasse acontecer esse tipo de manifestação eu acharia normal dentre outros casos como abuso sexual contra criança etc.
    Wadson Monteiro

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  5. Achei um absurdo tem tantas coisas ruim acontecendo e o povo não reage e com uma bobagem dessa por que a vida é dela e ela já sabe o que faz e o que quer, temos por obrigação respeitar nossas diferença porque se continuar assim dessa forma como esta moça foi agredida a onde vai parar a situação da violência que esta cada vez mais aumentando? Me pergunto pra que eles estudam pra agredir as pessoas, parece que esses alunos da faculdade estão lá mais observando a vida alheia que estudando para ser um bom profissional, não podemos julgar que todos da faculdade seguiram essa meta ou seja essa opinião, pois deve ter muitos lá também que achou um absurdo a atitude dos outro colega para com a moça que simplesmente estava usando um saia curta, que loucura eu achei essa reação dos alunos, a mídia acredito que o Brasil achou um absurdo pra tanta ignorância da reação dos alunos da UNIBAN com ela.
    Ricardo Neto

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  6. Eu penso (não gosto de dizer, eu acho), que quem se portou assim, não deveria estar numa faculdade, e sim numa estrebaria pois, isso não passa de comportamento animal irracional mesmo! Burro ou cavalo, sem querer ofender os animais! Eu penso que não é a moça que quis aparecer,e sim esses idiotas, talvez drogados, porque o que há de muito entre os otários, é o uso de droga para se encorajarem!
    Não retiro uma vírgula do que disse! Helena Santana

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  7. Eu penso que as faculdades estão a dever uma melhor formação aos seus alunos, pois a maioria transformaram-se em instituições caça-níqueis, meras “fábricas de canudos”, que não conferem ao seu detentor a qualificação profissional e a cidadania consciente que as titulações conferem. Esse e´pisódio envergonhou os alunos, mas deixou uma mácula na instituição, que parece não cuidar bem da cabeça dos assistidos.
    Fernando Pires

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  8. Prezado e nobre Val Cabral

    Nunca soube que uma Universidade tenha prescrito o tipo de roupa que os alunos devam usar. Talvez porque, presume-se, todos já tenham desenvolvido um senso de pudor, um senso do ridículo para compor sua imagem exterior. Mas as cabeças, as formações são diversas e sempre há alguém “de vanguarda” que usa hoje o que será moda uma ou duas décadas depois (eu já tive colegas assim); sempre também haverá quem se vista de forma desconcertantemente despojada (como alguns hippies), de forma sinistra (quase estilo Zé do Caixão), de forma oriental (roupas indianas, chinesas etc.) e de forma sensual. A Universidade é um universo de pessoas de origens diversas e formações diversas. Passar por um curso superior é também se defrontar com essa multidiversidade e, no mínimo, tentar compreendê-la. Compreender e respeitar.
    A Universidade, portanto, deveria ser o local para mitigarmos, para tornar menos intensos nossos preconceitos. Igrejas, sim, são locais onde pululam preconceitos, ódios, aversões, vinganças etc. Mas as Universidades deveriam ser locais onde a ignorância não prevalecesse - sob nenhuma de suas formas, inclusive e principalmente sob a forma de intolerância, que é uma das que mais nos impede de evoluir, de adquirir, efetivamente, sabedoria.
    E, cumpre explicar, tolerância nesse caso não significaria permissão para o desrespeito, mas um convite para não deduzir a intenção da estudante, para não atribuir a ela um desejo que, muito provavelmente, estivesse só na cabeça dos que a censuraram.
    Pode ser, sim, que ao usar aquela roupa ela estivesse a pretender incitar os desejos eróticos dos homens que a vissem. Mas já houve quem, em outra(s) oportunidade(s) tendo disso certeza, teve a cara quebrada, literalmente, com uma bolsa que veio muito mais rápido do que ele pode se esquivar (rsrsrs). Logo, é de bom alvitre que não deduzamos, que não infiramos algo que é fruto de preconceito - ou de uma mera esperança vã.

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

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  9. Prezado e nobre Val Cabral (2)

    Sinceramente, eu não sei porque homem heterossexual e que tenha (ainda) desejo sexual tenha de estar a exigir que todas as mulheres sejam castas, que se privem de todos os prazeres sexuais.
    Sinceramente, não estou aqui a defender a devassidão, a libidinagem, a libertinagem, mas eu não tenho nada contra o sexo, nem contra o desejo sexual de ninguém. Sou contra a promiscuidade - não por religião, por moralismo - mas para que seja preservada a boa saúde de todos.
    Sinceramente, quando comecei a ver as imagens, pensei que se tratasse de alguma universidade no Irã (que me perdoem os iranianos, mas acabamos nos contaminando pelo noticiário). Provavelmente, todos aqueles que ofendiam, xingavam, tentavam agredir a moça devem ter apoiado a ação dos EUA contra a Taliban, no Afeganistão. Mas, qual a diferença entre o que dizem que os membros do Talibã faziam naquele país - e o que efetivamente aqueles “alunos” fizeram na Uniban? Certamente, o Talibã e os alunos da Uniban têm algo em comum - que vai além da sonoridade.
    E há de se fazer algumas perguntas: se todos aqueles alunos estavam ali para - estudar - por que “grudaram” os olhos na moça? Não viam algo mais interessante na lousa, nos livros, nas apostilhas, nos cadernos? Se foram para aquele local para - estudar -, por que sonegaram tanto tempo ao cumprimento dessa atividade?
    Aceitável seria, que ao ver alguma colega com roupa inadequada, outros alunos fizessem críticas dentro de seu próprio grupo. Mas de maneira discreta - porque ninguém tem o direito de se intrometer na vida de quem quer que seja que não esteja a violar alguma regra. Quantos alunos não comparecem nas instituições de ensino drogados, armados? Isso é grave, pois pode por em risco a integridade física de outros alunos e de funcionários da instituição - mesmo que ninguém se intrometa com o drogado ou o armado.
    Embora as profissionais do sexo façam da roupa um sinalizador de sua atividade, nem todo mundo encara a roupa dessa forma. Há quem se vista para si mesmo - seja homem ou seja mulher. Jamais saberemos o que algumas pessoas têm na cabeça quando se vestem, mas não cumpre a nós interferirmos na vestimenta de ninguém. Afinal, será mesmo que o nosso gosto ao vestir e a própria moda vigente (existe isso mesmo?) - estão acima de quaisquer suspeitas - ou reprovações?
    Muito menos enxergar mais do que, efetivamente, está sendo mostrado. “Beleza uterina”? Desculpe-me, eu só vi a cena uma vez num jornal do horário “nobre” e, realmente, não vi nada além das pernas da moça. Atualmente, em muitos casos, mais do que tomar uma atitude preventiva é mais prudente se prevenir da própria imaginação...

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

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  10. Eu acredito que os alunos não tinham o direito de serem ríspidos com a beldade, ela estava sendo ridícula usando aquele tipo de roupa na faculdade, quanto a isto não há duvida, eu ficaria constrangido se fosse amigo de faculdade dela, mas dai a agir da maneira que agiram eu achei um absurdo. O estudo deveria servir para tornar as pessoas menos bárbaras!
    Everaldo Gomes

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  11. Olha, aqui na FTC de Itabuna, não temos esse mau costume de linchar mulheres bonitas. Mas entendo as preferências sexuais de cada um.
    Existiu, de fato, a formação da "horda", que é um processo psico-social em que as pessoas perdem sua individualidade para o grupo, formando uma só personalidade (a horda) em que tudo é possível, assim são feitos os linchamentos físicos e morais.
    Também foi estudado e concluído que os linchamentos são mais ocorrentes em ambientes de baixo nível intelectual e ausência do Estado.
    Sales

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  12. Esse Paulo do Pontalzinho é uma sumidade; um maestro da arte de escrever... sou seu admirador!
    Rogério Cavalcante

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