DISPERDÍCIO DE DINHEIRO: POR QUE NÃO SE APROVEITA O LIXO? - A destinação do lixo urbano é uma atribuição constitucional das prefeituras, mas apenas 7% dos 5.564 municípios brasileiros têm coleta seletiva. Com isso, no ano passado, pelo menos 175,5 mil toneladas de resíduos de plástico, papel, madeira, vidro, alumínio, cobre, pilhas, baterias e outros componentes elétricos - e até as cinzas provenientes da incineração de lixos municipais - tiveram de ser importadas. Entre janeiro e junho deste ano, foram importadas outras 47,7 mil toneladas. Mesmo importando, as 780 empresas de reciclagem brasileiras, hoje, atuam com 30% da capacidade ociosa por falta de matéria-prima, segundo a Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos. Um exemplo: mais de 40% do PET reciclado é absorvido pela indústria têxtil na fabricação de fios e fibras de poliéster - duas garrafas se transformam em uma blusa. O Brasil teria condições de abastecer essa indústria, não desperdiçasse 50% do PET no l ixo comum. A falta do material fez disparar o preço da tonelada no mercado interno, equiparando-se ao valor do importado, entre R$ 700 e R$ 900. Resultado: enquanto sobravam garrafas boiando no poluído Rio Cachoeira e demais bacias hidrográficas brasileiras, as recicladoras tiveram de importar 14 mil toneladas de plástico para reciclagem no ano passado, 75% mais do que o ano anterior. O mesmo ocorre com resíduos de alumínio, que lideram a importação, usados na indústria automobilística - só no ano passado, o Brasil importou 92,7 mil toneladas do material retirado do lixo de outros países. "Se existisse uma política nacional de reciclagem não seria preciso Bolsa-Família. O dinheiro do lixo renderia aos brasileiros o mesmo benefício, além de emprego", ironiza o presidente do Instituto Brasil Ambiente, Sabetai Calderoni, autor do livro "Os Bilhões Perdidos no Lixo" e consultor da Organização das Nações Unidas e do Banco Mundial para a área ambiental. "SÍ ? faz sentido o Brasil importar esse material porque as redes de captação e separação não funcionam. Faltam PET e outros resíduos no mercado nacional."
Prefeitura Itabuna
 |
Câmara
Publicidade:
Quando os homens perceberem o luxo que é a reciclagem e reutilização do lixo, teremos menos sujeira nas cidades e rios e serão gerados mais empregos e renda para nossa gente menos qaulificada e escolarizada. Carlos Bastos
ResponderExcluirQuanto menos lixo na rua, mais benefício terá a população em geral. E isso pode ser uma realidade através de conscientização e campanhas educativas. Diante disso só nos resta uma perguntinha: "a quem cabe a permanência dessa situação de descaso governamental com o nosso lixo diário"?
ResponderExcluirMarcos Medeiros de Lima
O lixo nunca entra nas politicas pública, que são debatidas para a melhoria da qualidade de vida do povo.
ResponderExcluirIsso porque é aravés do lixo que muitos prefeitos tem amontoados suas cédulas de cem reiais e alimentado a corrupção.
esta é a mais pura realidade.
Reinaldo Pereira
A reciclagem além de um bem social, é uma forma de prevenir vários desastres naturais que poderão vir a acontecer no futuro.
ResponderExcluirCom a própria reciclagem, já teríamos dinheiro para investir em diversas áreas ambientais. Curioso pensar porque isso não é feito.
ResponderExcluirtemos muito lixo, nos quais são consumidos por nós mesmo, mas pouco interesse na reciclagem, até quando vamos perceber a importância da reciclagem. .
ResponderExcluirEnquanto falta produtos reciclagem nas empresas, no nosso rio tem de sobra, o que é isso né , precisamos refletir..
ResponderExcluirCadê a visão de futuro, o pensamento de futuros cidadãos de uma nação potência, vamos ver desta forma.
ResponderExcluir