ITABUNA NÃO ESTÁ BEM DE SAÚDE - A Organização Mundial de Saúde-OMS define saúde não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social. Essa definição é, no momento, unilateral, irreal e ultrapassada. O que há em Itabuna neste neste exato momento na área de saúde pública? Descaso, entrra e sai de greve de profissionais da saúde, precariedade de veículos para o transporte dos doentes, ausência de especialistas no Sistema Único de Saúde, poucos leitos nos hospitais, atendimento médico relâmpago (poucos profissionais e grande demanda), maquinário obsoleto, baixos salários, falta de políticas públicas e, sobretudo falta de qualificação técnica-operacional dos gestores da saúde, acarretando a má utilização-distribuição dos recursos financeiros disponíveis. Na prática, somos espectadores de um caos: postos de saúde às 4 da manhã com filas gigantescas (seres humanos que dormem nos seus entornos para garantir uma senha de atendimento), pessoas do interior que vem à Itabuna, outras que saem das fazendas em direção aos nossos hospitais e clínicas. Contrariando a constituição vigente, que em seu texto proclama a universalidade do acesso aos serviços de saúde, dando prioridade aos idosos, crianças e urgências, nos deparamos com situações de pacientes sem tratamento. Talvez sejam estas as razões porque os usuários de serviços de saúde são chamados de pacientes. Pacientes em esperarem por melhores condições de atendimento, de qualidade, o médico que não vem, e que quando chega conversa minutos com o “paciente”, que recebe a receita, mas sem remédio, porque no SUS está em falta. O PSF - Programa de Saúde da Família é uma estratégia de saúde eficaz, ao menos no papel, fora dele, temos de caminhar muito ainda. Não basta ter uma Itabuna coberta 100% pelas Unidades de Saúde da Família -USF- é preciso ter, diariamente, atendimento e medicamentos. Quando se fala em saúde-doença, nos questionamos à cerca de algo muito discutido, a qualidade de vida, esta que começa no interior da pessoa humana e vai para fora de si, o social. Ter qualidade de vida é ter suas necessidades respeitadas, e o “bem estar” que fala a OMS seria aquele acessível onde moramos, vivemos, produzimos, seja na roça, ou na cidade. Porém, como definiu Freud, vivemos um “mal estar da civilização”. O entendimento do termo saúde, requer uma visão-ação coletiva, daí porque usamos o termo saúde pública, saúde coletiva, políticas públicas. O direito à saúde é do povo, pelo povo e para o povo. Pensemos nos que morrem de fome, nos deficientes físicos, auditivos e visuais, nos velhos em asilos e sem capacidade de locomoção, nos portadores de necessidades especiais e mentais, nos soropositivos, nos dependentes químicos...Para mudar é preciso a mobilização de todos.
Antonio Geovane Correia é cunhado do secretário de Saúde Antonio Vieira e ganhava R$ 1.100 por mês como assistente da Comunicação até novembro de 2008. Em dezembro, teve uma promoção invejável. De repente, Antonio Geovane passou a ganhar R$ 11.150, dez vezes mais, virando Diretor na secretaria de Indústria e Comércio. Tai porque a Saúde está precária em Itabuna!!!! Solivaldo Borges
ResponderExcluirA solução para melhorar os serviços de saúde pública em Itabauna, passa necessariamente pela exoneraç~çao imediata do secretário atual, que tem se revelado inabilitado para o cargo.
ResponderExcluirQualquer coisa fora deste pressuposto, será querer colocar esparadrapos numa ferida muito maior que seu tamanho.
Jorge Mendes Pinheiro de Lemos
A área de saúde vem se configurando como o “tendão de aquiles” da administração municipal, desde que o prefeito José Nilton Azevedo leal assumiu a prefeitura. O setor, que já não vivia em um mar de rosas na época do mongolóide Jesuíno de Oliveira, vem enfrentando uma crise sem precedentes. E isso apesar de ter sido eleita, ao lado da Educação e da atenção especial aos bairros da periferia, como prioridade no até agora projeto de “reconstrução do município”, prometido pelo gestor. As denúncias mais recorrentes dizem respeito ao corte no repasse de recursos para hospitais conveniados, demissão de profissionais, atraso no pagamento de servidores e o pior, a queda na qualidade do atendimento à população. As acusações feitas por profissionais da área e pela população em geral, vêm se avolumando a cada dia, apresentando um quadro insustentável. As denúncias contrastam com a promessa do prefeito, de que recuperaria a saúde de Itabuna. Elas contrariam também posições positivas, como o atendimento dos carrinhos em sua casa e de setores que anteriormente vinham funcionando, razoavelmente bem, como o SAMU, Zoonozes, Serest e DST-AIDS, que hoje estão em estado deplorável de gestão pública. É visível que a coisa piorou muito e, se não quiser parar na UTI política, o prefeito terá que demitir o secretário Antonio Vieira e terá que sair do discurso.
ResponderExcluirPaulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
Saúde significa vida. Significa criança viva e cidadãos saudáveis. Significa a perpetuação da espécie. Noves fora, Vieira ainda não compreendeu isso... embora seja médico! Neto
ResponderExcluirOs médicos sção donos dos planos de saúde. E são eles quem são pagos para propiciar saúde para o povo. Eis aí porque o SUS é um faz de conta no Brasil. Mas eles também não prestam.
ResponderExcluirQue beleza e nós pagando esses planos de saúde caros e vigaristas. Você compra ouro e lhe entregam latão.
Célia Lima
Desde o seu surgimento e regulamentação, a partir da constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou gradualmente a fazer parte da vida da maioria dos brasileiros que necessitam de qualquer tipo de atendimento médico. Criado para atender uma demanda continental, o sistema nunca teve uma receita condizente com sua razão de ser: o atendimento médico gratuito e irrestrito à totalidade da população brasileira. Não bastasse as limitações e constrangimentos aos usuários resultantes da histórica insuficiência de recursos que já vem de várias décadas, soma-se a isso a falta de ética de alguns profissionais da saúde que utilizam a estrutura do SUS para extorquir pacientes incautos e faturar em cima daqueles que precisam do sistema em situações emergenciais. Soma-se a estes fatores, a ineficiência de administradores e a falta de fiscalização na aplicação dos recursos. Isso tudo está corroendo o SUS e Itabuna acaba entrando nessa tragédia que é saúde pública em todo o Brasil. Sérgio Lessa
ResponderExcluirItabuna sempre foi considerada uma cidade politizada. E os itabunenses, com ou sem mandatos, até se orgulhavam de dizer que, por aqui, as disputas eram acirradas exatamente porque o povo participava ativamente da política.
ResponderExcluirNão é mais assim. Desde que as principais lideranças políticas do município perderam o rumo - no governo ou na oposição - que essa história de itabunense ser politizado virou frase de efeito, que não ajuda a melhorar o quadro que está aí. Sobretudo na área de saúde pública, que está péssimo e o secetário parece acéfalo por completo para dar soluções aos problemas, por mais simples que sejam.
Um exemplo é o prefeito Azevedo, que atualmente é a maior liderança na cidade e que apesar de ter uma história política bonita, continua perdido. Como se tivesse despencado de uma levitação, caído de cabeça pra baixo e perdido o rumo desde então. Nada zen!
Ele tem dado tantas voltas em torno do mesmo lugar que, até agora, passados quase seis meses na Prefeitura, ainda não conseguiu assumir a postura de político bem sucedido, cheio de votos e longa estrada pela frente.
Carmem Barreto