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1 de abril de 2009

PPS CRITICA PF EXCLUSÃO DO PT NO CASO CAMARGO CORRÊA - O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, criticou a Polícia Federal e o e o juiz Fausto De Sanctis, pela exclusão do PT da lista de partidos supostamente beneficiados por doações da Camargo Correa. Na semana passada, a PF deflagrou a Operação Castelo de Areia para desarticular um suposto esquema de lavagem de dinheiro - diretores e secretárias da construtora chegaram a ser presos. A investigação revelou inicialmente que a escutas revelaram doações da Camargo Corrêa para diversos partidos políticos: PSDB, DEM, PPS, PMDB, PSB, PDT e PP. No entanto, reportagem do "Jornal Nacional" informou ontem que três partidos foram excluídos do relatório da PF: PT, PTB e PV. "A revelação de que o PT foi omitido no relatório final Operação Castelo de Areia não deixa dúvida sobre o uso político que a Polícia Federal e o juiz Fausto de Sanctis fizeram de um caso de corrupção", disse Roberto Freire. Segundo ele, os partidos de oposição foram os mais prejudicados com o vazamento das informações. "Corremos o risco de ter entre nós uma polícia política; tudo isso facilitado por um juiz", advertiu Freire.

4 comentários:

  1. SÓ TEM BANDIDO É QUEM ACREDITA E VOTA NESSA GENTE.

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  2. Só tem ladrões nesses partidos...

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  3. Na atualidade uma questão que permeia em torno de todos os patamares sociais é a corrupção. Temos os chamados corruptos nas classes sociais de menor poder, de médio poder, e, principalmente o corrupto que é o mais visado: o das classes que detém o maior poder. Este último engloba todos aqueles considerados os que teriam na realidade a capacidade de mudar radicalmente o contexto do poder aquisitivo.
    Na corrupção está presente o egoísmo, que é um dos pecados capitais. E no egoísmo não se pensa naquilo que o outro precisa, mas sim, no que pode faltar pra mim se eu servir a quem necessita. Deve-se ter consciência de que se o outro tiver e eu não, ele pode vir a me ajudar da mesmo forma como fiz.
    A cada vez que o ser humano fica mais "esperto", está acabando com a própria raça. Na realidade falta ao homem contemporâneo ingenuidade para poder acreditar em seu próximo e em sua própria capacidade de amar. Nunca vimos um animal cercar uma fruteira para que seus semelhantes não pudessem se alimentar. Devemos buscar esse exemplo. O exemplo da partilha. Assim o mundo estará amadurecendo de verdade e ampliando horizontes cada vez mais fraternos.
    Robson - Binho

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  4. Reservo-me ao direito de não me identificar. Mas gostaria muito que este meu comentário venha a ser postado. E desejo inicialmente, reconhecer neste seu blog, um espaço democrático e que realmente faz a notícia chegar aos formadores de opinião. Val Cabral tem se revelado um excelente comunicador da imprensa falada e escrita e este seu blog é o melhor da cidade. O assunto que quero abordar necessita da paciência dos leitores, pois não posso expressá-lo sem a delonga que requer suas minúcias. Mas vamos lá:
    O Brasil não é um país intrinsecamente corrupto. Não existe nos genes brasileiros nada que nos predisponha à corrupção, algo herdado, por exemplo, de desterrados portugueses. A Austrália que foi colônia penal do império britânico, não possui índices de corrupção superiores aos de outras nações, pelo contrário. Nós brasileiros não somos nem mais nem menos corruptos que os
    japoneses, que a cada par de anos têm um ministro que renuncia diante de denúncias de corrupção. Somos, sim, um país onde a corrupção, pública e privada, é detectada somente quando chega a milhões de dólares e porque um irmão, um genro, um jornalista ou alguém botou a boca no trombone, não por um processo sistemático de auditoria. As nações com menor índice de corrupção são as que têm o maior número de auditores e fiscais formados e treinados. A Dinamarca e a Holanda possuem 100 auditores por 100.000 habitantes. Nos países efetivamente auditados, a corrupção é detectada no nascedouro ou quando ainda é pequena. O Brasil, país com um dos mais elevados índices de corrupção, segundo o World Economic Forum, tem somente oito auditores por 100.000 habitantes, 12.800 auditores no total. Se quisermos os mesmos níveis de lisura da Dinamarca e da Holanda precisaremos formar e treinar 160.000 auditores. Simples. Uma das maiores universidades do Brasil possui hoje 62 professores de Economia, mas só um de auditoria. Um único professor para formar os milhares de fiscais, auditores internos, auditores externos, conselheiros de tribunais de contas, fiscais do Banco Central, fiscais da CVM e analistas de controles internos que o Brasil precisa para combater a corrupção.
    A principal função do auditor inclusive nem é a de fiscalizar depois do fato consumado, mas a de criar controles internos para que a fraude e a corrupção não possam sequer ser praticadas. Durante os anos de ditadura, quando a liberdade de imprensa e a auditoria não eram prioridade, as verbas da educação foram redirecionadas para outros cursos. Como conseqüência, aqui temos doze economistas formados para cada auditor, enquanto nos Estados Unidos existem doze auditores para cada economista formado. Para eliminar a corrupção teremos de redirecionar rapidamente as verbas de volta ao seu devido destino, para que sejamos uma nação que não precise depender de dedos duros ou genros que botam a boca no trombone, e sim de profissionais competentes com uma ética profissional elaborada.
    Países avançados colocam seus auditores num pedestal de respeitabilidade e de reconhecimento público que garante a sua honestidade. Na Inglaterra, instituíram o Chartered Accountant. Nos Estados Unidos eles têm o Certified Public Accountant. Uma mãe inglesa e americana sonha com um filho médico, advogado ou contador público. No Brasil, o contador público foi substituído pelo engenheiro.
    Bons salários e valorização social são os requisitos básicos para todo sistema funcionar, mas no Brasil estamos pagando e falando mal de nossos fiscais e auditores existentes e nem ao menos treinamos nossos futuros auditores. Nos últimos nove anos, os salários de nossos auditores públicos e fiscais têm sido congelados e seus quadros, reduzidos - uma das razões do crescimento da corrupção. Como o custo da auditoria é muito grande para ser pago pelo cidadão individualmente, essa é uma das poucas funções próprias do estado moderno. Tanto a auditoria como a fiscalização, que vai dos alimentos e segurança de aviões até os direitos do consumidor e os direitos autorais.
    O capitalismo remunera quem trabalha e ganha, mas não consegue remunerar quem impede o outro de ganhar roubando. Há quem diga que não é papel do Estado produzir petróleo, mas ninguém discute que é sua função fiscalizar e punir quem mistura água ao álcool. Não serão intervenções cirúrgicas (leia-se CPIs), nem remédios potentes (leia-se códigos de ética), que irão resolver o problema da corrupção no Brasil. Precisamos da vigilância de um poderoso sistema imunológico que combata a infecção no nascedouro, como acontece nos países considerados honestos e auditados. Portanto, o Brasil não é um país corrupto. É apenas um país que não prestigia e nem cria mecanismos sérios de impedir a corrupção.

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