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Câmara

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24 de fevereiro de 2009

CACHORADA NO FATO SEM CACHORRO – Existem fotografias no cenário político nacional, que já foram vistas, revistas e sempre causam deslumbres e perplexidades. Um dia, o leitor acorda e vê o título: "Governador da Paraíba é cassado". Pensa: bom, depois de 509 anos, começa a ser combatida a corrupção na política. Mal tem tempo de ser feliz, pois logo descobre que o substituto do governador cassado, o até então senador José Maranhão-PMDB, responde a 8 processos no TSE. Para fechar o círculo, fica também sabendo que o substituto de Maranhão no Senado, Roberto Cavalcanti-PRB, enfrenta pelo menos duas ações penais na Justiça, sob acusação de ter causado prejuízos aos cofres públicos. Ele é acusado de participar de um esquema de cancelamentos indevidos de dívidas junto à União, que teria beneficiado mais de 80 empresas no Estado entre 1995 e 1999 --além do não pagamento de um financiamento de R$ 18,8 milhões junto à Financiadora de Estudos e Projetos-FINEP. Será a segunda vez que Ribeiro, suplente de Maranhão, exercerá mandato no Senado. Em 2006, o empresário assumiu o cargo por 120 dias em substituição a Maranhão (que na ocasião se licenciou do Senado para disputar o governo do Estado). Como Cavalcanti já foi empossado na Casa em 2006, desta vez Ribeiro não precisa tomar posse, apenas vai apresentar documentos necessários para o seu retorno ao Legislativo. Empresário do ramo de comunicação, Ribeiro é proprietário do Sistema Correio de Comunicação, na Paraíba --cuja emissora é filiada à Rede Record. Filiado ao PRB, o senador será o segundo do partido a assumir uma cadeira no Senado, ao lado de Marcelo Crivella-RJ, que saiu hoje em defesa do empresário. "Ele é um cidadão íntegro, não tem nada o que explicar a ninguém". Este filme de longa metragem e lenga-lenga, com certeza não foi o primeiro a ser visto (e revisto) e, infelizmente, não será o último!

Um comentário:

  1. Bom por ele ser cassado já me dá um pequena felicidade mais fewlicidade total mesmo, seria ver Lula e Wagner saindo do governo para não voltar mais.

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