Mais uma promessa feita pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), voltou a ser alvo de críticas e questionamentos no município de Quijingue. O compromisso, anunciado ainda em 2023 como parte de um suposto pacote de obras para a cidade, segue sem sair do papel e foi relembrado no domingo, (14).
Ao ser
questionado por um radialista sobre o não cumprimento da promessa, o governador
admitiu o atraso e afirmou que seu gabinete teria entrado em contato com o
prefeito do município pedindo “paciência”. Segundo Jerônimo, as obras
prometidas seriam realizadas, porém apenas em 2026 — justamente um ano eleitoral.
A declaração reforçou a insatisfação de parte da população, que aguarda há mais
de dois anos por investimentos anunciados pelo governo estadual.
Durante
a entrevista, o radialista foi direto ao perguntar se, caso a promessa não seja
efetivamente cumprida, o governador ainda mereceria a confiança do povo de
Quijingue. Em resposta, Jerônimo Rodrigues afirmou que “quem tem que analisar o
voto do povo é o próprio povo”, acrescentando que faria a sua parte e
solicitando, mais uma vez, a credibilidade dos moradores do município para
acreditarem em sua palavra.
A fala
do governador, no entanto, foi interpretada como uma tentativa de transferir a
responsabilidade política para o eleitorado, ao mesmo tempo em que condiciona o
cumprimento de compromissos assumidos anteriormente a um novo ciclo eleitoral.
Em Quijingue, o sentimento predominante é de descrédito, diante de promessas
reiteradas que seguem sem execução prática.
O episódio reacende o debate sobre a distância entre discurso e ação no governo estadual e coloca novamente em xeque a relação de confiança entre a gestão petista e municípios do interior baiano, que seguem cobrando respostas concretas e obras efetivamente entregues.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.