O presidente Lula (PT) é rejeitado por 44% do eleitorado, e o senador Flávio Bolsonaro (PL- RJ), por 38%, mostra pesquisa Datafolha. O parlamentar anunciou ontem que foi indicado por Jair Bolsonaro (PL) para concorrer à Presidência. O ex-presidente, que cumpre pena em Brasília em razão de condenação por liderar uma trama golpista e está inelegível, tem índice de reprovação similar ao de Lula, de 45%.
O petista lidera
as intenções de voto em todos os cenários testados, ficando 15 pontos à frente
no cenário em que concorre contra Flávio. O Datafolha ouviu 2.002 pessoas, com
16 anos ou mais, em 113 municípios, de terça (2) até quinta-feira (4). A margem
de erro dos dados gerais da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou
para menos.
Os governadores da
direita cotados para a disputa apresentam índices de rejeição menores que os da
família Bolsonaro. São 20% os que dizem que não votariam no governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), preferido do centrão para a corrida
ao Planalto. Ele ainda não se pronunciou publicamente sobre o anúncio de
Flávio.
Os governadores do
Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), têm índice
de rejeição de 21%, e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de 18%. Após a
indicação de Flávio, Caiado afirmou seguir pré-candidato, mas dsse que Jair
Bolsonaro "tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do
senador".
Já Zema afirmou
fazer sentido a pré-candidatura do parlamentar. "Quando anunciei minha
pré-candidatura ao presidente Bolsonaro ele foi claro: múltiplas candidaturas
no primeiro turno ajudam a somar forças no segundo. Então, faz todo sentido o
Flávio apresentar seu nome à Presidência. É justo e democrático", disse
nas redes sociais.
Já na família do
ex-presideente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a ex-primeira-dama
Michelle Bolsonaro têm patamar de rejeição semelhantes ao de Flávio, de 37% e
35%, respectivamente.
Os números indicam
que, embora sejam herdeiros naturais do voto bolsonarista, membros da família
do ex-presidente também herdam a reprovação ao político. Eduardo é réu na
Justiça em razão da atuação no exterior, retratada na denúncia da PGR
(Procuradoria-Geral da República) como coação ao Supremo.
Atualmente
presidente do PL Mulher, Michelle é aventada pela sigla para concorrer ao
Senado pelo Distrito Federal nas eleições de 2026.
Ela tem medido forças com os enteados ao expor publicamente diferenças na interpretação sobre quem o partido deveria apoiar no próximo pleito, o que levou a sigla a suspender o apoio ao ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) ao governo do Ceará. Por Ana Gabriela Oliveira Lima.

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