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18 de dezembro de 2025

GILBERTO GIL: O HERÓI QUE VIROU VILÃO!

Vivi décadas crendo que Gilberto Gil era um herói. Mas ele se corrompeu, mostrando que a linha entre o bem e o mal é tênue, muitas vezes revelando o quanto pessoas nos decepcionam!

    Ao contrário das mídias ou redes sociais, que conectam pessoas por meio de interesses comuns, os meios de comunicação convencional de mão única, isto é, sem possibilidade de interação, não é permitido, por lei, ética, responsabilidade com seu público e, sobretudo, profissionalismo, estimular, produzir e gerar fakes news. Por essa razão, elas “fabricam” muito menos falsos vilões ou heróis de oportunidades.

Mesmo assim, os blogs, jornais, as revistas, o rádio e a televisão, são, com ou sem razão, acusados de construir personagens positivos e depois, também com ou sem razão, de destruí-los. De forma didática, a mídia convencional (não confundir jornalismo com bloguerismo) deve ser definida exclusivamente como o espaço ou o canal onde uma mensagem ou informação é transmitida. Nada mais do que isso.

O material veiculado raramente é apócrifo (de autoria duvidosa). Ainda que sejam, as chefias podem ser responsabilizadas por qualquer conteúdo. Nas redes sociais é mais fácil maquiar, inventar e até mesmo recriar fatos conforme a intenção do inventor. Em outras palavras, basta uma mente poluída e mal-intencionada para reconstruir informações e apenas um clique para desconstruir pessoas, instituições ou reputações.

O governo Lula tem (e sempre teve), militância e equipes especializadas em criar situações negativas contra adversários. O maquiavelismo da produção dos “heróis”, vem de muito tempo atrás e foi responsável direto por transformar bons em ruins, honestos em desonestos ou sérios em falseanos. E vice-versa!

    Os blogs, jornais, as revistas, as televisões e seus profissionais não têm culpa se as pessoas nascem boas e, por razões de foro íntimo, ficam ruins. É uma questão puramente de livre arbítrio. Todo esse preâmbulo para chegar no cantor Gilberto Gil, herói nascido nas manifestações de oposição contrária a corrupção, nepotismo, aparelhamento político e partidário do Estado, uso e abuso do erário, para beneficiar parentes e aderentes dos detentores do poder... e hoje cremos que Gilberto Gil sempre foi uma farsa; um vilão na música e mídia nacional.

    Como porta-voz do Movimento pelas diretas já, eleições livres e redemocratização do país, ele emocionou o país ao cantar o que os brasileiros gostariam de falar. No entanto, independentemente da sua gloriosa musicalidade, o artista atualmente é alvo de denúncias inquestionáveis.

    Servidores dos Correios que estão em greve, são indignados com os R$ 4 milhões que a estatal desembolsou para a turnê do cantor Gilberto Gil. Os trabalhadores passam sufoco, com desconto e não repasse de valores ao FGTS; atrasos salariais e perdas de ganhos trabalhistas históricos, enquanto o patrocínio se soma a outra dor de cabeça dos trabalhadores: o descredenciamento do plano de saúde que, sem receber, suspendeu os atendimentos.

    No mundo globalizado, não há hipótese de confusão entre o herói e o vilão. Por conta da fama e da hipocrisia, o cantor conseguiu fãs, muito espaço na imprensa e acabou sendo venerado por milhões de brasileiros. De herói a vilão foi um pulo. Bastou ter o poder sob seus pés e ele se revelou complacente, omisso e até cumplice de todas as mazelas que denunciava, quando não tinha o dinheiro público calando sua voz e o fazendo defender bandidos do colarinho branco.

    Alegar que é vítima de “sensacionalismo, distorção de informações, manipulação de dados e afirmações inverídicas, configurando uma clara ação de perseguição política” é uma tentativa cabotina de querer culpar a imprensa por um fato escandaloso que ele mesmo gerou. O jornalista que apurou a matéria e o jornal que a publicou cumpriram o relevante papel de informar à sociedade o que é verdadeiramente notícia.

    Se os estragos à imagem do cantor são irreversíveis, sugiro que ele procure com urgência um padre para se confessar. Os brasileiros certamente nunca mais o verão como herói e eu, em articular, cheguei a conclusão do quanto me enganei acreditando que Gilberto Gil era merecedor dos meus aplausos. Sobretudo, quando eu ouvia ele cantar uma música, que retratava sua própria personalidade demagoga:

Nos barracos da cidade (Barracos)


Oh, uô, gente hipócrita

Oh, uô, gente estúpida

Nos barracos da cidade

Ninguém mais tem ilusão

No poder da autoridade

De tomar a decisão

E o poder da autoridade

Se pode, não faz questão

Se faz questão, não consegue

Enfrentar o tubarão

Oh, uô, gente estúpida

Oh, uô, gente hipócrita

O governador promete

Mas o sistema diz não

Os lucros são muito grandes

Mas ninguém quer abrir mão

Mesmo uma pequena parte

Já seria a solução

Mas a usura dessa gente

Já virou um aleijão

Oh, uô, gente estúpida

Oh, uô, gente hipócrita

Oh, uô, gente estúpida

Oh, uô, gente hipócrita

Oh, uô, gente estúpida

Oh, uô, gente hipócrita

Oh, uô, gente hipócrita

Oh, uô, gente estúpida

Oh, uô, gente hipócrita

Oh, uô, gente estúpida

Oh, uô, gente hipócrita

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