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6 de dezembro de 2025

CHARGES QUE RETRATAM O SIGNIFICADO DE LÍVIA CONTINUANDO COMO SECRETÁRIA DE SAÚDE!

Manter Lívia como secretária de saúde, é condenar o setor ao destrambelhamento e sucateamento,que somente o humor pode aliviar o sentimento áspero de inconformidade e contrariedade, ainda que o humor seja sem graça!

É muito difícil encontrar uma pessoa que nunca ouviu a frase: "Rir é o melhor remédio." O humor pode até ser entendido como meio de satisfazer a necessidade de alegria. Mas, sem dúvida, ele é uma severa disciplina de pensamento, pois é dele que surge o riso que ataca os atos e defeitos do homem. O poder da caricatura está ligado à necessidade de satisfazer uma demanda editorial que requer comentário gráfico da atualidade.

Algumas publicações desempenharam papel ativo na vida humana e talvez o caso que pode melhor ilustrar este fato, envolve o sanitarista Oswaldo Cruz, então diretor da Saúde Pública, que foi considerado autoritário em suas medidas, pela população e pela imprensa, com as campanhas contra a varíola, a peste e a febre amarela. As revistas ilustradas não o perdoaram, fustigando-o com o traço mordaz dos chargistas.

Nosso humor sobre a situação dos postos médicos e hospitais em nossa cidade, é uma crítica à precariedade da saúde pública que vivenciamos atualmente em nossa cidade. A realidade nua e crua dela está bem à vista, sob os olhares negligentes das autoridades.

Nosso blog, comprometido com o monitoramento e acontecimentos relacionados ao desenvolvimento humano, não poderia se abster de permanecer postando matérias que visam esclarecer, denunciar e levar à discussão temas historicamente ligados às esferas de planejamento, coordenação e ação nos serviços púbicos de saúde.

É com esse pensamento que nosso blog recorre ao humor, que busca levar para perto do povo a crítica ao quadro crítico da nossa saúde, através do traço que ridiculariza, que provoca o riso, sem, contudo, deixar de suscitar a reflexão.

A gente, esporadicamente, ouve críticas e elogios sobre as charges, que ilustram nossas postagens e o que mais ouvimos nos faz refletir sobre nosso trabalho: "como é possível fazer humor num município como o nosso, numa hora como esta?" Às vezes a pergunta tem o tom de elogio: "só você mesmo, para nos fazer rir desta situação” e às vezes tem o som irado de uma cobrança: “você não se dá conta de onde está, não?” Assim a gente tem que escolher entre várias caras para usar: a de um herói do distanciamento que consegue manter a razão e a graça apesar de tudo, a de bobo necessário, a do inconsciente flagrado dando uma gargalhada no velório.

De certa maneira, as três caras servem. O recurso do humor é um herói da resistência, como demonstrou durante nosso regime de generais. Mesmo quando não podia ser abertamente crítico, o humor brasileiro (principalmente o gráfico) manteve viva uma idéia de irreverência que nos ajudou na travessia. Não se podia dizer que o general estava nu, mas se podia fazer fiu-fiu quando ele passava e fingir que tinha sido o vizinho.

Não por acaso, a grande revelação do cartunismo brasileiro desta época foi o Henfil, no Pasquim. Ele fazia uma coisa paradoxal, humor fino de criança malcriada, que diz pum na frente das visitas. Foi o melhor exemplo de humor como travessura, que manteve o regime militar, senão alerta ao seu próprio ridículo, pelo menos desconfiado.

Com a abertura e a permissão para dizer tudo, o desafio para o cartunista passou a ser o senso de medida. Mas esta deve ser uma preocupação menor, tanto para o chargista quanto para o homem público que ele alveja. Entre o exagero e a omissão, a charge deve sempre escolher o exagero, mesmo com o risco de magoar.

A charge inconseqüente pode existir sem que o humor seja chamado de alienado, se é que alguém ainda use o termo. Principalmente porque o humor nunca é completamente apolítico, mesmo que ele tente. A comédia de costumes será sempre um retrato de costumes marcados pela desigualdade e pelo anseio social e até a deliberação de não ser político acaba sendo uma opção política.

E se o humor pode existir apenas para divertir ou atrair pela sua engenhosidade ou inteligência, não devemos deixar de fazê-lo só para não parecer que estamos sendo cúmplices de uma desconversa. A única inconseqüência inadmissível numa charge é não provocar riso.

Finalmente antes que todos se virem para quem deu a gargalhada no velório e peçam comedimento e respeito, é melhor saber que tipo de gargalhada foi. Certas situações são tão dramáticas e tristes que só rindo. Certamente a saúde em nosso município chegou a uma situação que permite apenas dois tipos de comentário: palavrão ou riso.

As duas reações comportam graduações que vão da mobilização indignada ao desespero terminal, de um lado, e da sutil ironia à gargalhada de cair da cadeira, do outro. A gargalhada não é sinal de desrespeito, insensibilidade, bebedeira ou loucura, é apenas o choro com outra trilha sonora.

Rimos e choramos com os mesmos músculos, o riso, no caso, só parece uma forma mais socialmente aproveitável de indignação. O riso provoca, enquanto o choro pede piedade. E, mesmo, não daria para fazer uma exposição de humor com soluços.















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