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12 de outubro de 2025

LULA EXONERA ALIADOS DE DEPUTADOS QUE VOTARAM CONTRA AUMENTO DE IMPOSTOS

 Governo usado para aparelhar o PT: Lula diz que só ficará no seu governo quem estará ao lado dele na eleição presidencial.

O governo do presidente Lula (PT), começou a demitir na sexta (10), indicados políticos de deputados que votaram contra a MP (medida provisória) do aumento de impostos, numa primeira ação para retaliar os integrantes da base governista que não têm seguido as orientações do Palácio do Planalto.

    FORAM AMEAÇADOS - Cinco superintendentes regionais de ministérios ligados ao MDB e PSD foram exonerados. Um integrante do Planalto diz que os aliados foram alertados de que essa votação era decisiva, e que aqueles que se posicionassem contra a medida provisória fariam a opção de sair do governo.

    As primeiras consequências apareceram no Diário Oficial da União, com a exoneração dos superintendentes do Ministério da Agricultura no Pará, Paraná, Minas Gerais e Maranhão. No Ministério dos Transportes, a superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) de Roraima perdeu o cargo. De acordo com parlamentares, as exonerações também alcançaram estatais, como Correios e Caixa Econômica Federal, com demissões em cargos de assessoria e administração regional.

    O PSD orientou voto contra a medida provisória, numa ação coordenada pelo presidente do partido, Gilberto Kassab. Já MDB declarou voto a favor. Ambas as bancadas racharam, no entanto. No PSD, foram 20 votos a favor do governo e 18 contra. No MDB, 16 votos governistas e 14 contra.

    A medida provisória era uma das principais apostas do governo Lula para manter a arrecadação crescendo em 2026 e evitar necessidade de corte de despesas e investimentos no ano eleitoral. Ela tinha impacto previsto de R$ 20 bilhões no Orçamento, e agora o Executivo terá que encontrar outras fontes de receita ou então reduzir seus gastos.

    A derrota, por 251 votos a 193, levou o governo a retaliar aliados que foram infiéis, partidos que se dizem na oposição e tinham cargos também foram afetados, a exemplo de indicados do PP e do PL na Caixa, como revelou o Painel. De acordo com integrantes do governo, devem ser exonerados mais pessoas indicadas por políticos do União Brasil e do PP. As duas siglas anunciaram o desembarque do governo e trabalham para fortalecer uma candidatura adversária à do presidente Lula (PT) em 2026.

    Na quarta (8), dia de votação da medida provisória, PP e União Brasil puniram Celso Sabino (União Brasil) e André Fufuca (PP) pela decisão de permanecer nos ministérios do Turismo e do Esporte. Eles foram afastados de cargos de direção, e Sabino enfrentará um processo de expulsão da sigla.

A estratégia do governo Lula é contar com parte do centrão em sua campanha de 2026, assim como ocorreu há quatro anos. A demissão dos infiéis, segundo governistas, é o primeiro passo para essa limpa e para fortalecer quem de fato estará ao lado do petista na eleição presidencial.

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