Paira no ar uma suspeita de que o financiamento estadual para produções de cultura e artes na Bahia, devem estar atreladas ao pensamento ideológico e posicionamento político do governador petista, Jerônimo Rodrigues e interesses eleitorais do próprio PT e seus partidos aliados.
Isto tem causado polêmica no meio
cultural baiano e expondo o desgaste entre produtores, artistas e a Secretaria
de Cultura do Estado (Secult-BA). O motivo é um item de edital que exige
“Harmonia com a política estadual de cultura” - expressão que, para boa parte
da classe artística, soa como um selo ideológico, subordinando a criação à
chancela do governo Jerônimo Rodrigues (PT).
A
exigência da Secult tem recebido muita críticas de diversas direções e chegou a
ser chamada de “modelização fascista”, elevando ainda mais o dissabor da cena
cultural baiana com o gaúcho Bruno Monteiro, que chefia a pasta por indicação
direta do senador Jaques Wagner (PT).
A escritora, atriz e diretora artística
Maria Prado de Oliveira, não poupou críticas a Secult, ao usar as redes sociais
para destacar que “Qualquer avaliação pessoal na distribuição do dinheiro
público, seja por opiniões divergentes ou por ser amiga/amigo ou por simpatizar
com essa ou aquela pessoa, é autoritarismo, base de fascismos”, escreveu Maria
Prado.
Já
o diretor artístico do Teatro Nu, Gil Vicente Tavares, viu em suas redes
sociais, um seguidor ressaltar que “A China de Mao Tse Tung não ousou tamanho
dirigismo cultural. É vergonhoso, inadmissível, deplorável. Uma lástima mas o
que esperar de uma gestão que tem alguém tão inexpressivo como o atual secretário
de cultura do Estado?!”. “Absurdo total, o sistema de editais é primo-irmão da
politica de balcão!”, emendou um terceiro.
Essa não é a primeira vez que a pasta de Bruno Monteiro enfrenta resistência da classe cultural baiana. Desde que assumiu o cargo, em 2023, o secretário é alvo de críticas e mais recentemente chegou a ser chamado de “alienígena” em um manifesto público do segmento.
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