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ITABUNA

18 de outubro de 2025

GOVERNO DE JERÔNIMO É CRITICADO POR ARTISTAS, QUE O ACUSAM DE “AUTORITÁRIO E FASCISTA”

Num governo que se diz de esquerda é surreal um critério como “harmonia com a política cultural do estado”. Aliás, cabe perguntar: qual é a política cultural do estado?”

    Paira no ar uma suspeita de que o financiamento estadual para produções de cultura e artes na Bahia, devem estar atreladas ao pensamento ideológico e posicionamento político do governador petista, Jerônimo Rodrigues e interesses eleitorais do próprio PT e seus partidos aliados.

    Isto tem causado polêmica no meio cultural baiano e expondo o desgaste entre produtores, artistas e a Secretaria de Cultura do Estado (Secult-BA). O motivo é um item de edital que exige “Harmonia com a política estadual de cultura” - expressão que, para boa parte da classe artística, soa como um selo ideológico, subordinando a criação à chancela do governo Jerônimo Rodrigues (PT).

A exigência da Secult tem recebido muita críticas de diversas direções e chegou a ser chamada de “modelização fascista”, elevando ainda mais o dissabor da cena cultural baiana com o gaúcho Bruno Monteiro, que chefia a pasta por indicação direta do senador Jaques Wagner (PT).

    A escritora, atriz e diretora artística Maria Prado de Oliveira, não poupou críticas a Secult, ao usar as redes sociais para destacar que “Qualquer avaliação pessoal na distribuição do dinheiro público, seja por opiniões divergentes ou por ser amiga/amigo ou por simpatizar com essa ou aquela pessoa, é autoritarismo, base de fascismos”, escreveu Maria Prado.

Já o diretor artístico do Teatro Nu, Gil Vicente Tavares, viu em suas redes sociais, um seguidor ressaltar que “A China de Mao Tse Tung não ousou tamanho dirigismo cultural. É vergonhoso, inadmissível, deplorável. Uma lástima mas o que esperar de uma gestão que tem alguém tão inexpressivo como o atual secretário de cultura do Estado?!”. “Absurdo total, o sistema de editais é primo-irmão da politica de balcão!”, emendou um terceiro.

    Essa não é a primeira vez que a pasta de Bruno Monteiro enfrenta resistência da classe cultural baiana. Desde que assumiu o cargo, em 2023, o secretário é alvo de críticas e mais recentemente chegou a ser chamado de “alienígena” em um manifesto público do segmento.

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