Na quinta-feira, o Ministério Público divulgou os resultados do Programa Saúde Mais Educação: Transformando o Novo Milênio. Entre os dias 18 e 22, o órgão inspecionou 900 escolas em 166 municípios e 22 unidades de saúde, em Salvador e interior. O trabalho teve o apoio da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação.
Na alimentação escolar, foi constatado que 60% das
cozinhas não possuem telas de proteção; 34% não fazem dedetização regular e 20%
apresentaram falhas no armazenamento da comida. Quanto à educação inclusiva,
86% das escolas não têm piso tátil para cegos; 73% não oferecem tecnologia assistiva,
como braille ou Libras.
No universo pesquisado, 47% das escolas não dispõem de
rotas de saída de emergência acessíveis. Também foram detectadas fragilidades
na infraestrutura. Apenas 28% têm biblioteca e somente 9% dispõem de sala de
informática com internet em funcionamento. Além disso, um terço das salas de
aula não tem ventiladores suficientes.
Nos aspectos pedagógicos, 72% dos professores não são
concursados; 41% das escolas não registram a evasão escolar e, em 51% dos
casos, a direção não é eleita pela comunidade. Na saúde, destaque para a falta
de insumos essenciais, como vacinas, gaze, papel-toalha, sabonete, balanças e
lixeiras com pedal.
A infraestrutura também é precária, faltam profissionais como enfermeiros e farmacêuticos. O relatório completo está no site do MP-BA. O conjunto de problemas revela um descaso histórico dos governos do PT ao longo de 20 anos comandando o estado. Sobram projetos com nomes bonitos e faltam resultados concretos.
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