O PP e o União Brasil anunciaram, nesta quarta-feira, 6, que vão aderir à obstrução conduzida pela oposição na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em protesto à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Diante do legítimo movimento de obstrução feito pela oposição, a Federação União Progressista orientou a bancada a não registrar presença em plenário no dia de hoje nas duas Casas”, diz o texto.
“Continuamos
defendendo o diálogo como único caminho possível para encontrarmos soluções que
devolvam a normalidade dos trabalhos no Congresso Nacional. O Brasil precisa
virar essa página e voltar a focar em pautas que resolvam os problemas
econômicos, sociais e de insegurança do nosso País”, prossegue a nota, assinada
pelos presidentes dos dois partidos, Antônio de Rueda, do União Brasil, e Ciro
Nogueira, do PP.
Já
na terça-feira, quando oposicionistas ocuparam a Mesa Diretora das duas Casas
do Congresso Nacional para que nada fosse votado, o presidente do PL conversou
com presidentes de partidos. Os primeiros foram Rueda e Nogueira. “A ideia é
saber se somos 130 deputados e 20 senadores”, disse o líder do PL na Câmara dos
Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ). “Vamos organizar as coisas para saber o
tamanho que a gente vai formar.”
Há
tratativas também com os presidentes do Republicanos, Marcos Pereira, e do PSD,
Gilberto Kassab. Juntos, União (59 na Câmara e sete no Senado) e PP (51 na
Câmara e sete no Senado) têm 110 deputados e 14 senadores. Também na
terça-feira, Ciro Nogueira visitou Bolsonaro. “Não vou dizer que não estava
triste, mas é uma pessoa que acredita muito ainda no nosso País”, disse o
presidente do PP.
Neste mesmo dia, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (AL), do PP, disse que a prisão de Bolsonaro é “exagerada” e e “acirra os ânimos em um país já polarizado”.
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