O destrambelhado Lula, no auge das suas fantasias extremistas, e a ala esquerda mais radical do seu governo ruim, conseguiram finalmente o que tanto queriam: a pior crise nos 200 anos de relações diplomáticas com os Estados Unidos. Lula já se orgulhou de ser o primeiro presidente a nomear um comunista para o STF; pode, agora, se orgulhar de ser o primeiro presidente a receber sanções oficiais do governo americano de Donald Trump e a ver o Brasil tratado como um quase inimigo pela principal potência do mundo livre.
Desde que assumiu a Presidência,
Lula tem deixado clara uma de suas ambições raiz: fazer do Brasil um país
hostil aos Estados Unidos de Trump e ao “imperialismo americano”. São manias
que vêm de outras eras geológicas da sua vida, quando começou a perceber que
levaria mais vantagem na política entrando na profissão de esquerdista. Hoje,
presidente pela terceira vez e instruído pelo diplomata aposentado Celso Amorim
e sua cartilha do tempo do Sputnik, Lula acha que não tem nada a perder no
papel de sub-Nicolás Maduro do “Sul Global”.
É o que ele está tentando ser. Sob
os aplausos encantados da maior parte da mídia e das classes civilizadas, que
se enrolaram na bandeira nacional e na “defesa da soberania”, Lula faz o número
do “líder latino-americano” que desafia o imenso poderio militar, político e
econômico dos americanos e do presidente Donald Trump, e mostra que o Brasil “não
se dobra diante de ninguém”.
Combina com a atual mania da mídia de exigir “respeito ao
futebol brasileiro”, com a guerra aos “ricos” que o governo inventou para
aumentar o IOF e com a fixação da extrema esquerda brasileira em ser o aliado
mais radical do terrorismo na “Palestina”. Por que não enfiar esse horrendo
Trump no pacote? Lula acha que brigar com Trump faz dele o herói que jamais
conseguiu ser. Que coragem imensa, não? Eis aí, enfim, o primeiro presidente
deste país que teve peito para enfrentar os Estados Unidos.
É o tipo da farsa que deixa Lula
encantado – e, no seu entendimento, vem na hora certa, quando seu governo se
afunda cada vez mais no estado de coma a que chegou por sua inépcia sem
precedentes. Se não tem nada de bom para mostrar aqui, por que não desviar a
atenção de todo mundo com o brilho de uma guerra externa? Não há ditador que
não goste desse tipo de coisa; os militares da Argentina, para ficar no exemplo
mais próximo e recente, se meteram numa guerra aberta contra a Inglaterra.
É verdade que perderam e foram escorraçados do governo. O
governo Lula não corre esse risco, porque ninguém vai atirar em ninguém – e
ainda bem que não vai, porque isso aqui tudo iria virar fumaça em menos de meia
hora. Mas será preciso, daqui para frente, convencer a população de que o
Brasil está fazendo um grande negócio ao brigar com a maior nação do mundo.
Não adianta nada Lula dizer que o
atual conflito foi provocado pela decisão de Donald Trump de se “intrometer” em
questões brasileiras, como o processo de Jair Bolsonaro, ou de enfiar 50% de
tarifa sobre as exportações do Brasil para os Estados Unidos. Em primeiro
lugar, há o problema de que boa parte dos brasileiros pensa exatamente como
Trump no episódio de Bolsonaro: acha que ele está sofrendo uma perseguição
política grosseira e que o seu processo é uma vergonha.
Em segundo lugar, é impossível negar que a briga aberta com
os Estados Unidos vem sendo construída dia e noite pelo governo Lula desde que
Trump assumiu a presidência americana. Estão colhendo agora o que semearam – e
o que queriam mesmo colher.
O Brasil de Lula não fez nenhum
gesto de aproximação, ou de mera procura de entendimento, com o governo Trump.
Não tentou nem mesmo se fazer de neutro; foi deliberadamente hostil o tempo
todo. O que o governo Lula fez, na verdade, foi colocar o Brasil como inimigo da
maior potência do planeta – e inimigo gratuito, sem motivo e em troca de nada.
Como um negócio desses pode atender aos interesses nacionais do Brasil?
Na verdade, é um gesto de automutilação; vai justamente ao contrário dos interesses brasileiros, por qualquer critério objetivo que se queira adotar. Não é uma briga do povo deste país. É uma briga de Lula e da extrema esquerda. Sonham em ser, um dia, alguma Venezuela, Cuba ou Irã – com eles próprios andando de Ferrari, o povo vivendo das esmolas do Bolsa Família e um “bloqueio” americano para jogarem a culpa por tudo. Os brasileiros vão apenas pagar por isso.
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