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23 de junho de 2025

ROBÉRIO ESTÁ MATANDO A TRADIÇÃO DO SÃO JOÃO

Robério está carnavalizando o São João: “Pedrão” sem forró, é igual a futebol sem gol e “mosca na sopa”!

A tradição das festas de São João em Eunápolis está enfrentando um desafio significativo, com a invasão de ritmos diferentes durante a realização do “Pedrão”. Com um cachê de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais), o valor pago ao cantor Belo supera em 1.000% o da renomada banda forrozeira Arriba Saia, do artista eunapolitano Rony Brasil. Esses altos cachês pagos a artistas que não fazem parte da tradição forrozeira têm sido contestados pela população.

Cachês milionários pagos para bandas e cantores do arrocha, pagode e sertanejo, e que não tem nenhuma relação com o propósito de uma mega festa de São João, contrastam com uma Eunápolis com infraestrutura precária, com sistemas educacionais deficientes, com serviços de saúde sem médicos, medicamentos e equipamentos; atrasos de repasses para fornecedores e prestadores de serviços á prefeitura e dificuldades até mesmo no recolhimento do lixo.

Nos últimos anos, as festas de São João têm sido marcadas pela interferência de ritmos antes desconhecidos para o período, resultando da saída do forró autêntico e a entrada do chamado "forró de plastificado". Atualmente, o cantor Wesley Safadão é um dos principais representantes desse novo estilo. Embora a mudança de estilo e som agrade às massas, ela acaba descaracterizando a cultura regional, prejudicando a identidade das festividades juninas.

    Além da substituição de gêneros musicais tradicionais, o prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira (PSD) está buscando atrair artistas com grande apelo popular, mesmo que suas músicas não tenham qualquer relação com o período junino. Artistas de Axé Music, Arrocha, Samba, Sertanejo, Pop Rock e Pagode têm ajustado seus repertórios e invadido a maior festa popular do Brasil, sem que medidas sejam tomadas para preservar a tradição do forró.

    É possível que continuemos a testemunhar o prefeito contratando artistas sem nenhuma relação com o forró, a fim de atrair grandes multidões para o “Pedrão”. No entanto, é essencial discutir seriamente se devemos assistir em silêncio a essa invasão e destruição de um patrimônio nacional, como as festas de São João e São Pedro em Eunápolis. Certamente, o velho Luiz Gonzaga, grande ícone do forró, não ficaria nada satisfeito ao ver o que Robério está fazendo com essa tradição regional.

    Destacar a preocupação com a preservação da tradição do forró nas festas de São João e São Pedro, não é uma defesa de mercado, é mais para enfatizar a descaracterização cultural causada pela invasão de outros gêneros musicais. Além disso, ressaltar o impacto financeiro e social dessa mudança, é para questionar mesmo o uso de altos cachês para atrações que não fazem parte da identidade junina. É fundamental refletirmos sobre as consequências a longo prazo e buscarmos soluções que preservem o patrimônio cultural e musical da região nordestina.

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